A Europa encontra-se agora num momento crítico, segundo Lagarde, e enfrenta uma série de desafios comuns, incluindo a desglobalização, a demografia e a descarbonização.
“Há sinais crescentes de que a economia global está a fragmentar-se em blocos concorrentes”, disse Lagarde no Congresso Bancário Europeu.
Centrando-se na Europa, o chefe do BCE apontou para um declínio contínuo da população em idade activa, que deverá começar já em 2025.
“À medida que surgem novas barreiras comerciais, precisaremos de reavaliar as cadeias de abastecimento e investir em novas que sejam mais seguras, mais eficientes e mais próximas de casa. À medida que as nossas sociedades envelhecem, precisaremos de implementar novas tecnologias para que possamos produzir maior produção com menos trabalhadores”, disse ela.
De acordo com Lagarde, os governos têm os níveis de dívida mais elevados desde a Segunda Guerra Mundial, e o financiamento europeu para a recuperação terminará em 2026. “Os bancos terão um papel central a desempenhar, mas não podemos esperar que assumam tantos riscos nos seus balanços”, ela afirmou.
O alerta de Lagarde surge na sequência de relatórios anteriores do BCE sobre a economia global que atravessa um período de “mudança transformadora”. Segundo o BCE, um mundo fragmentado significaria um ambiente mais inflacionário e incerteza financeira.
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