terça-feira, 28 de novembro de 2023

Criadores de cães coreanos ameaçam libertar 2 milhões de cães

Os criadores de carne canina sul-coreanos ameaçaram libertar 2 milhões de caninos nas ruas, à medida que continua a controvérsia sobre os planos para proibir o consumo no país, informou a Reuters. Partidos de todo o espectro político estão a trabalhar em conjunto para proibir a carne de cão, como parte de um projeto de lei apoiado pela primeira-dama do país, Kim Keong-hee.

Fazendeiros que criam cães e proprietários de restaurantes que servem carne canina organizaram protestos em frente ao parlamento, instando o governo a não aprovar uma proibição este ano, informou a agência de notícias na sexta-feira.

Joo Young-bong, chefe da Associação Coreana de Produtores de Carne de Cachorro, chamou de “louca” a ideia de proibir a carne canina. Joo disse que os membros da organização estavam discutindo a potencial soltura de 2 milhões de cães perto de centros turísticos, dos principais edifícios governamentais em Seul e das casas dos legisladores que promoveram o projeto.

Em Julho, cerca de 200 membros da organização organizaram uma campanha contra as atividades dos ativistas dos direitos dos animais, comendo publicamente carne de cão no centro de Seul e oferecendo-a aos transeuntes. Naquele momento, Joo disse ao Korea Herald que comer carne canina era um direito que não pode ser violado, insistindo que a proibição é uma forma de discriminação.

A primeira-dama sul-coreana Kim fez uma visita surpresa a uma conferência de imprensa organizada por grupos cívicos em agosto, prometendo acabar com a controversa criação de cães para alimentação. De acordo com o Korean Times, Kim declarou que “humanos e animais deveriam coexistir” e que “as atividades ilegais de carne de cachorro deveriam acabar”.


O South China Morning Post informou que o conservador Partido do Poder Popular, no poder, está a propor uma pena máxima de cinco anos de prisão ou uma multa de 50 milhões de won (38 mil dólares) para o comércio de carne de cão. O liberal Partido Democrático da Coreia pede três anos de prisão e uma multa de até 30 milhões de won (23 mil dólares).

Se aprovadas pelo governo, as medidas entrarão em vigor em 2027, com apoio financeiro às empresas que sofrerem prejuízos com a proibição.

Um estudo realizado em setembro pela Nielsen Coreia e encomendado pela Humane Society International (HSI) na Coreia descobriu que 86% dos entrevistados não têm planos de comer carne de cachorro e que a maioria apoia a proibição.


De acordo com Sangkyung Lee, gerente de campanha de carne de cachorro da HSI/Coreia, “políticos de todos os partidos estão demonstrando apoio à proibição da indústria de carne de cachorro”, citando “crueldade” e “condições insalubres” como as principais razões para a mudança.

Alguns críticos apontam para a mentalidade colonial ocidental dos líderes do país que tentam negar as raízes orientais da Coreia do Sul.

"Os noruegueses comem peixe podre, mas é considerado culturalmente aceitavel porque é um costume europeu. Esta lei é apenas uma manifestação da nossa síndrome do cão-sem-dono. Perdoe o trocadilho”, explicou o Prof. Seongbuk-Gu do Seoul College, essas razões alternativas para a lei.

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