A notícia foi confirmada no sábado pelo ministro da Justiça, Charles Alphonse Wright, que disse à estação de rádio local Fim FM que, além de Camara, que liderou a nação da África Ocidental e ex-colônia francesa de 2008 a 2010, outros fugitivos incluíam Claude Pivi e Blaise Goumou.
Os dois homens, juntamente com Camara, foram presos em conexão com um massacre num estádio em Conacri há mais de uma década.
“Nós os encontraremos. E os responsáveis serão responsabilizados”, disse o ministro, acrescentando que o quarto fugitivo, Moussa Tiegboro Camara, já foi recapturado e que as autoridades fecharam as fronteiras do país.
Vários vídeos não verificados nas redes sociais capturaram o som de pesados tiros automáticos na capital guineense; um deles mostra forte presença de forças de segurança na cidade. Segundo várias testemunhas entrevistadas pela AFP, o centro de Conacri foi isolado.
Jeune Afrique informou que a força de comando que invadiu a prisão consistia em quatro camionetas e era liderada pelo filho de Claude Pivi, que já serviu nas forças especiais da Guiné.
Camara tomou o poder num golpe de Estado no final de 2008, após a morte do então presidente Lansana Conte. Ele, juntamente com vários outros ex-funcionários guineenses, foi julgado pelo massacre num estádio em Conacri, em 28 de Setembro de 2009, no qual mais de 150 pessoas foram mortas. Houve também atrocidades em massa contra civis alegadamente cometidas pelas forças de Camara. Após a tragédia, Camara ficou gravemente ferido numa tentativa de assassinato e exilou-se no vizinho Burkina Faso.
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Regressou à Guiné em 2021, após um golpe de Estado nesse ano. Contudo, Camara foi preso em Setembro passado; ele e seus co-réus são acusados de assassinato, violência sexual, tortura, rapto e sequestro, e podem pegar prisão perpétua.
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