BRICS SÓ PARA OS FORTES: México continuara vivendo das quirelas, que caem das mesas americanas.

O México não se juntará ao bloco de países BRICS, disse o presidente Andrés Manuel López Obrador durante sua entrevista coletiva diária na manhã desta terça-feira, 10 de agosto.

O chefe de Estado observou que planeja se concentrar em melhorar o relacionamento econômico de seu país com os EUA e outros vizinhos.

“Não vamos participar desse bloco, dessa associação. Claro, comemoramos que outros países o façam. No entanto, por razões de proximidade, geopolítica, continuaremos fortalecendo a aliança com a América do Norte e com todas as Américas”, disse Obrador ao jornal La Prensa Latina.

Seus comentários foram feitos em resposta a relatos da mídia de que o México estava entre as nações que se inscreveram para ingressar no grupo econômico de cinco nações atualmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A 15ª cúpula do bloco está marcada para acontecer em Joanesburgo no final deste mês.

Obrador negou os relatórios, enfatizando que a prioridade atual de seu governo é desenvolver laços sob o Acordo EUA-México-Canadá (USMCA) de 2020. Os EUA e o Canadá são os maiores parceiros comerciais do México, com cerca de 85% das exportações mexicanas indo para os dois países norte-americanos. De acordo com um relatório do Washington Post na semana passada, as importações americanas do México aumentaram cerca de US$ 10 bilhões ano a ano em 2023. Obrador disse que planeja aumentar ainda mais a cooperação.

“Nosso programa é fortalecer o tratado com os Estados Unidos e o Canadá, para nos consolidarmos como uma região... Vamos buscar a integração de todas as Américas no médio e longo prazo, mas vamos mudar velhas políticas que não funcionaram e, além disso, convencer a classe política, sobretudo nos Estados Unidos, da importância da América Latina”, afirmou.

A próxima cúpula do BRICS receberá 34 países, disse a ministra de Relações Internacionais da África do Sul, Naledi Pandor, a repórteres na segunda-feira. Ela confirmou que o bloco recebeu pedidos de adesão de mais de 20 nações, incluindo Argélia, Argentina, Bangladesh, Cuba, Egito, Etiópia, Indonésia, Marrocos, Nigéria, Palestina, Arábia Saudita, Senegal, Irã e Emirados Árabes Unidos.

A cúpula será realizada na África do Sul entre os dias 22 e 24 de agosto.