As autoridades declararam estado de emergência por seis meses na sexta-feira, após dias de intensos confrontos entre os combatentes da milícia étnica Fano e a Força de Defesa Nacional da Etiópia (ENDF), que eclodiram no início da semana.
Um médico em Debre Tabor disse à mídia na semana passada que mais de uma dúzia de civis foram feridos por tiros e armas pesadas durante os combates.
Os voos foram suspensos na terça-feira, de acordo com a mídia local, depois que os combatentes Fano assumiram o controle de um aeroporto em Lalibela, um Patrimônio Mundial da UNESCO.
Moradores de Gondar, a segunda maior cidade de Amhara, disseram à mídia que ouviram disparos de armas pesadas nas primeiras horas da segunda-feira.
O diretor-geral Tiruneh, encarregado de fazer cumprir o estado de emergência em Amhara, admitiu no domingo que grupos armados tomaram o controle de alguns distritos e cidades da região.
Ele também relatou que militantes que descreveu como “forças de roubo” libertaram criminosos da prisão em algumas áreas e estavam tentando “desmantelar o governo estadual regional”.
A milícia Fano em Amhara foi aliada da ENDF durante a guerra civil de dois anos na região vizinha de Tigray.
A região é tomada pela insegurança desde abril, quando as autoridades iniciaram esforços para desarmar as forças de todas as onze regiões, incluindo os combatentes Fano, e integrá-las às forças armadas ou policiais federais.
No entanto, os manifestantes alegaram que a decisão do governo de dispersar as forças de segurança não estatais deixaria a área de Amhara vulnerável a ataques de regiões vizinhas.
A crescente crise de segurança regional resultou no assassinato de Girma Yeshitila, chefe do Partido da Prosperidade no poder, que sempre justificou a decisão do governo de reorganizar as forças regionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário