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O tiroteio ocorreu quando o político de 59 anos se preparava para deixar um comício na capital do Equador, com seu assessor de campanha, Carlos Figueroa, confirmando sua morte à mídia local, notando que ele havia levado três tiros na cabeça.
O presidente Guillermo Lasso comentou o assassinato em um comunicado divulgado nas redes sociais, dizendo que estava “indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio”. Ele acrescentou que “o crime organizado foi longe demais” e disse que o assassinato será resolvido.
Imagens circularam online com a intenção de mostrar o momento do tiroteio, com mais de uma dúzia de tiros sendo ouvidos enquanto seguranças escoltavam Villavicencio até um veículo após a manifestação em Quito. Figueroa disse que o candidato não apresentava sinais vitais quando o examinou imediatamente após o ataque e que foi declarado morto em um hospital próximo.
De acordo com o procurador-geral do Equador, um suspeito não identificado do tiroteio foi preso, mas depois morreu devido aos ferimentos sofridos durante uma “troca de balas” com a polícia. Nove outras pessoas ficaram feridas durante o incidente, incluindo dois policiais e um candidato a um cargo local. A polícia descreveu o tiroteio como um ato de terrorismo e prometeu iniciar uma investigação.
Pouco depois do assassinato, o partido de Villavicencio, Movimiento Construye, foi às redes sociais para dizer que “homens armados” haviam atacado seu escritório de campanha em Quito, mas não deu mais detalhes. Em comunicado separado, o partido também exigiu ação do governo, insistindo que a morte de Villavicencio não deve ficar “impune”.
O presidente Lasso observou que convocou uma reunião urgente de altos funcionários de segurança para discutir o incidente na noite de quarta-feira. Ele já havia denunciado gangues criminosas organizadas e traficantes de drogas, culpando-os pelo recente aumento da violência no Equador, que se tornou um importante tema de campanha.
O assassinato ocorreu apenas dez dias antes da próxima eleição presidencial do Equador, na qual Villavicencio deveria competir com outros sete candidatos. Ex-legislador e ativista anticorrupção, ele tinha 7,5% das pesquisas no momento de sua morte, colocando-o em quinto lugar, de acordo com relatos da mídia local.
Outros candidatos na corrida reagiram ao assassinato, com o aspirante a presidente indígena Yaku Perez anunciando que havia suspendido sua campanha. Outro candidato, Otto Sonnenholzner, instou as autoridades a “agir”, dizendo “não queremos palavras… estamos morrendo”, comentários repetidos pelo candidato do Partido Social Cristão, Jan Topic, que também interrompeu sua campanha.
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