Hategekimana está sendo julgado desde 10 de maio por matar centenas de tutsis, bem como o prefeito de Ntyazo e uma freira enquanto trabalhava como policial sênior na capital da província de Nyanza, no sul. Ele foi acusado de assassinar 300 tutsis em Nyamugari Hill e lançar um ataque em Nyabubare Hill, onde aproximadamente 1.000 civis foram mortos.
Ele supostamente fugiu para a França após o genocídio, obtendo o status de refugiado e mais tarde a cidadania francesa em 2005 sob o nome de Philippe Manier. Ele foi preso em Yaounde em 2018 e extraditado para Paris depois de fugir para Camarões em 2017 em resposta a uma denúncia apresentada por um dos demandantes.
Hategekimana negou ter participado do massacre durante seu julgamento na semana passada, alegando que estava em Kigali, encarregado da segurança de um coronel, no momento do massacre na colina de Nyabubare.
"Por mais de cinco anos, fui submetido a acusações injustas e duras detenções. Minha família foi destruída, minha vida arruinada", disse ele ao jornal Justice Info.
Na quarta-feira, dia 28 de junho, o tribunal o considerou culpado de quase todas as acusações feitas contra ele.
Os promotores disseram que ele desempenhou um papel fundamental na execução dos assassinatos, não apenas cometendo assassinatos, mas também incitando outras pessoas a matar suas vítimas.
Este foi o quinto julgamento na França de um suposto participante do genocídio que matou cerca de 800.000 tutsis étnicos e hutus moderados. Ocorreu entre abril e julho de 1994, durante um período de 100 dias.
Um médico nascido em Ruanda que vive na França desde 1994 também deve ser julgado antes do final do ano.
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