Avaliado em até US$ 500 milhões, o pacote é a 41ª parcela de ajuda militar distribuída a Kiev desde que a operação militar da Rússia começou em fevereiro passado. Inclui 30 veículos de combate de infantaria Bradley, 25 veículos blindados de transporte de pessoal Stryker, munição de artilharia de 155 mm, mísseis antiaéreos Patriot e equipamento de limpeza de minas e obstáculos, de acordo com um comunicado do Pentágono.
O anúncio ocorreu pouco menos de um mês após a contra-ofensiva da Ucrânia, que encontrou forte resistência das tropas russas entrincheiradas. Durante repetidos ataques através de campos minados e sem apoio aéreo, Kiev perdeu mais de 13.000 soldados, além de 246 tanques e 152 viaturas de combate de infantaria, entre 4 e 21 de junho, segundo dados do Conselho de Segurança da Rússia.
Vídeos mostrando Bradleys destruídos e tanques Leopard 2 fornecidos pela Alemanha circularam online, e autoridades americanas admitiram ao New York Times esta semana que 17 dos 113 Bradleys fornecidos à Ucrânia naquele ponto foram danificados ou destruídos. Sem ganhos territoriais significativos para mostrar suas perdas, um funcionário anônimo dos EUA chamou a contra-ofensiva de “atrasada”.
O último pacote de armas é a segunda entrega desse tipo anunciada em menos de duas semanas. Um pacote anunciado em 13 de junho incluía 15 Bradleys, além do complemento usual de mísseis antiaéreos e projéteis de artilharia.
As forças russas estão "desmistificando os mitos sobre a 'qualidade insuperável' das armas americanas e da OTAN" diariamente, afirmou a embaixada de Moscou em Washington em um comunicado na terça-feira, apontando para o "maquinário mutilada abatido fumegando nos campos de Donbass".
“Com novas entregas de equipamento militar, Washington apenas confirma sua obsessão com a ideia de infligir uma derrota estratégica à Federação Russa lutando até o último ucraniano ser morto.”, continuou a embaixada. “Para fazer isso, [ele] empurra seus clientes para aventuras cada vez mais desesperadas. A vida dos ucranianos não significa nada para as autoridades americanas”.
Até terça-feira, os EUA comprometeram mais de US$ 40,5 bilhões em ajuda militar direta à Ucrânia desde fevereiro passado. O presidente Joe Biden prometeu manter esse “apoio inabalável” a Kiev, apesar dos relatos de que as autoridades americanas estão exigindo uma contra-ofensiva bem-sucedida para justificar o fornecimento contínuo de armas a Kiev.
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