A África experimentou um declínio significativo na cobertura de árvores no ano passado, totalizando cerca de 3,6 milhões de hectares, mostraram dados recentes.
De acordo com o estudo da Universidade de Maryland, que está disponível na plataforma Global Forest Watch do World Resource Institute (WRI), cerca de 800.000 hectares são compostos por florestas tropicais primárias ou antigas.
A República Democrática do Congo (RDC), onde a perda de florestas primárias permanece persistentemente alta, foi responsável pela maior parte do declínio. Diz-se que o país perdeu mais de meio milhão de hectares em 2022 como resultado da expansão agrícola em áreas de floresta primária em resposta à crescente demanda por alimentos.
Embora as perdas em países como Angola e Camarões tenham acelerado, Gana experimentou um aumento dramático no declínio de florestas primárias tropicais nos últimos anos, principalmente dentro de áreas protegidas.
Com uma pontuação de 71%, o relatório diz que Gana teve a maior proporção de perdas de qualquer país tropical em 2022.
“Em 2022, o país perdeu 18.000 ha e, embora a área de perda de floresta primária seja relativamente pequena, Gana tem pouca floresta primária restante”, sugere o estudo.
Algumas das perdas estão associadas à produção de cacau, colheita de madeira, incêndios e atividades de mineração de ouro.
Enquanto isso, o Gabão e a República do Congo continuam a ter baixas taxas de perda total de florestas primárias.
A pesquisa mostrou que proteger as florestas primárias ajuda a mitigar a mudança climática, evitando emissões de uso da terra e mudanças no uso da terra, apoiando um reservatório de carbono estável e agindo como um importante sumidouro de carbono.
Representantes de 145 países assinaram a Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra na cúpula do clima da ONU (COP26) em 2021, comprometendo-se a interromper e reverter a perda florestal até o final da década.
Um ano após a declaração, “em vez de declínios consistentes na perda de florestas primárias para atingir essa meta, a tendência está se movendo na direção errada”, disse o WRI.
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