A Marinha Russa já havia usado golfinhos militarizados para proteger sua base naval no porto de Sevastopol, foi relatado no ano passado, como um meio de impedir que as operações submarinas ucranianas sabotassem os navios russos.
As imagens de satélite da época capturadas pela Maxar Technologies mostram dois currais contendo os golfinhos treinados.
O número de golfinhos mantidos no porto dobrou recentemente de três ou quatro para seis ou sete, H I Sutton, especialista em sistemas e tecnologias submarinas e subsuperficiais, escreveu para o Naval News.
O aumento ocorre depois que vários drones usaram a rota livre de combate da Iniciativa de Grãos do Mar Negro da ONU para fazer ataques contra navios da Rússia na área, enquanto as forças ucranianas lançavam sua recente contra-ofensiva no conflito de longa duração.
Sevastopol é um importante porto e sede da frota russa do Mar Negro na Crimeia. A península do Mar Negro foi recuperada pelas forças russas e reanexada por Putin em 2014.
Os animais são treinados para se defender de mergulhadores das forças especiais ucranianas – ou sabotadores – que possam tentar invadir a base.
Os golfinhos têm uma “vantagem inerente”, já que “ninguém pode nadar melhor do que um golfinho”, relatou Sutton. Os golfinhos podem atingir velocidades de quase 60 km/h.
Os militares da Rússia operam um programa treinado de mamíferos marinhos em Sebastopol desde a Guerra Fria, de acordo com o Instituto Naval dos EUA.
Animais marinhos nesses programas, incluindo golfinhos e baleias beluga, são treinados para encontrar nadadores e detectar minas, de acordo com Sutton.
“Nossos especialistas desenvolveram novos dispositivos que convertem a detecção de alvos pelo sonar subaquático dos golfinhos em um sinal para o monitor do operador”, disse uma fonte à agência de notícias russa RIA Novosti no ano passado.
A Marinha dos EUA também treina animais marinhos para o serviço militar, bem como na Suécia e possivelmente em Israel e na Coreia do Norte.
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