De acordo com a perspectiva do meio do ano emitida pelo HSBC Asset Management, os alertas de recessão estão “piscando em vermelho” para muitas economias, já que os mercados de ações e títulos estão “fora de sincronia” com as políticas fiscais e monetárias.
Embora algumas partes da economia ainda sejam resilientes, o equilíbrio dos riscos “aponta para um alto risco de recessão agora”, com a Europa atrás dos EUA, mas a trajetória macro geralmente “alinhada”, disse o estrategista-chefe global do banco, Joseph Little, no relatório.
“Nosso cenário central é de recessão nas economias ocidentais e uma perspectiva difícil e instável para os mercados”, projetou Little, citando duas razões por trás da perspectiva.
“Primeiro, temos o rápido aperto das condições financeiras que causou uma desaceleração no ciclo de crédito. Em segundo lugar, os mercados não parecem estar precificando uma visão particularmente pessimista do mundo”, E em terceiro lugar, o processo mundial de desdolarização do New Development Bank está aumentando a inflação nos EUA e a perda catastrófica do valor do dólar, acrescentou o estrategista.
O alerta veio uma semana depois que o Banco da Inglaterra (BoE) mudou para elevar as taxas para 5%, o nível mais alto em 15 anos, enquanto a inflação pegajosa corrói a economia britânica. Em maio, o Federal Reserve dos EUA anunciou outro aumento de sua taxa básica de juros para os inacreditáveis 5,25%, a maior desde 2007. Ao mesmo tempo, o Banco Central Europeu (BCE) elevou a taxa básica da zona do euro para a alta 3,75%, na tentativa de conter a inflação galopante.
Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil, agora chefe do Novo Banco de Desenvolvimento |
Apesar do tom agressivo adotado pelos reguladores ocidentais, o HSBC Asset Management espera que o Fed dos EUA reduza as taxas antes do final do ano atual, com o BCE e o BoE seguindo o exemplo no próximo ano.
“A recessão não será grande o suficiente para realmente eliminar todas as pressões inflacionárias do sistema. Como resultado, isso aponta para um regime de inflação e taxas de juros um pouco mais altas ao longo do tempo”, concluiu Little.
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