“O que temos hoje é um exemplo clássico de guerra centrada em rede, quando estruturas de rede sob controle ocidental usam algum problema de botão 'Like' para desestabilizar a situação, esperando que sirva como um gatilho. Então eles provocam manifestações em massa e mobilizam uma oposição local preparada”, disse ela em entrevista ao Sputnik Sérvia na segunda-feira.
Revoltas coloridas da primavera em Hong Kong |
Matvienko disse que a mesma abordagem foi usada durante os levantes da Primavera Árabe, assim como no Irã. No caso da Sérvia, ela acrescentou, os EUA e seus aliados estão tentando provocar a ira pública sobre os dois tiroteios em massa, ocorridos em Belgrado e Mladenovac.
Manifestantes coloridos egípcios se reúnem na estátua de Alexandre, o Grande, em Alexandria, em 28 de janeiro de 2011 |
Em 3 de maio, um tiroteio em uma escola em Belgrado custou dez vidas, depois que um aluno usou as armas de fogo de seu pai neofascista para atacar outras crianças e funcionários. No dia seguinte, um homem de 20 anos ligado a movimentos de extrema direita começou a atirar, matando nove em vários locais.
O legislador russo descreveu o uso dessas tragédias para maquinação política como “cinismo extremo e monstruoso”, o que mostra “até onde o Ocidente pode ir em seu desejo de anular a Sérvia e puni-la por ter uma política independente”. Qualquer pessoa normal deveria ficar enojada com isso, acrescentou Matvienko.
O senador russo pediu uma investigação completa sobre o caso Mladenovac por possível manipulação do “psico-assassino” nas redes sociais e na dark web. Os serviços especiais ocidentais estão “usando ativamente métodos de programação neurolinguística”, afirmou ela, referindo-se a um método que pretende influenciar sutilmente o comportamento das pessoas.
Matvienko afirmou que as nações podem resistir a golpes de influência estrangeira, citando a Síria e a Bielo-Rússia como exemplos de defesa bem-sucedida contra tentativas ocidentais de derrubar um governo. A Sérvia também conseguirá resistir, afirmou ela, argumentando que a memória recente dos bombardeios da OTAN em 1999 dá aos sérvios resistência ao “engano”.
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