sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

TOMO MDCCXIV - PERDA DE UMA HUMANIDADE INEXISTENTE


Noutro dia, ouvi 
uma afirmação meio pergunta, feita de um transeunte para um morador em situação de rua: qual o pecado que este tinha cometido, para perder a humanidade? Passei algum tempo para não conseguir digerir e, mesmo sem conseguir, tenho a obrigação de refletir.

Se a própria definição de humanidade, é formulada a partir de conceitos filosóficos, que tem como base, as formulações religiosas, sabendo, da importação da cultura helênica, "anterior ao cristianismo" assim como os trezentos anos, desde o nascimento do Cristo, até a conversão do império romano ao cristianismo, nestes trezentos anos, bem como os anteriores, entre o apogeu do império romano, a religião do império, "bem como os conceitos filosóficos, eram um continuação, ainda que com outras denominações das ocorrências da cultura helênica.

Neste mil e setecentos anos, poderíamos, até separar este período, entre o anterior à revolução francesa, onde valores "burgueses" ops, humanos, entram nesta roda de debates.

A questão, é então, antropológica, e a idade média, "quando o poder temporal da igreja existia, sem a ocorrência de Estados Nacionais, ou seja, quem pensava e governava, era o clero, mas, não tendo os ensinamentos de Cristo como base, mas, as adaptações destes ensinamentos aos interesses do império romano, falando claramente, as concepções de humanidade, que antropologicamente temos, está muito longe de ser princípios humanos, uma vez, que quando não é visão concebida para os princípios de uma monarquia, corresponde aos interesses de uma classe, que imagina a democracia, como a defesa de sua existência. Traduzindo para a boa e velha compreensão: as noções de humanidade que temos, passa necessariamente pela supremacia de uma classe social, numericamente inferior, sobre uma imensa maioria, que está muito longe se ser dominante.

Mas, infelizmente, pensa pertencer a esta elite.  

Neste contexto, as formulações filosóficas que definem a humanidade, é muito mais uma série de mecanismos de.dominação, que necessariamente, uma definição de humanismo.

É evidente, que nem tudo está irreversivelmente perdido, temos o período definido como "predominância da teologia da libertação", neste período, não é apenas um resgate daquilo que seria a descoberta de um Cristo, que propõe uma concepção religiosa, que não distingue os seres humanos pelas "posses, religiões culturas, opções sexuais, origens de nascimento, ou etnia". Infelizmente, "a morte" de Albino Luciani, interrompe a partir das organizações católicas a difusão destes ensinamentos.


É evidente, que mesmo em denominações evangélicas, há muitas pessoas, que seguem os princípios de um cristianismo que tem a humanidade de iguais.


Naquela, "afirmação, meio pergunta" tem como base, uma humanidade assentada em conceitos, não necessariamente humanos, nas nos conceitos das classes dominantes.


A perda da humanidade, não é exatamente das pessoas em situação de rua, mas de uma sociedade que "fabrica moradores em situação de rua".

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