Uma edição de Jogos Pan-americanos para celebrar e recordar. Foi com esse espírito que a delegação brasileira se despediu de Santiago 2023, na cerimônia de encerramento realizada neste domingo, 05, no Estádio Bicentenário Municipal de La Florida.
Depois de uma campanha histórica, marcada por quebra de recordes de ouros e medalhas, com total de 205 (66 ouros, 73 pratas e 66 bronzes), o Time Brasil cantou e dançou no embalo dos ritmos locais.
O espetáculo chamado "A Alma dos Jogos" foi um verdadeiro show de música típica chilena. Logo no início, a contagem regressiva colocou no centro da apresentação os chinchineiros, como são conhecidos os músicos de rua do país, com seus instrumentos de percussão que lembram um bumbo. Tinha-se, então, um cenário épico para a grande festa.
Os brasileiros curtiram com a intensidade que marcou a performance do país nos Jogos. No ritmo de atrações do país-sede dos Jogos e com a Cordilheira dos Andes de palco para representar a geografia chilena, os atletas embarcaram em um clima de muita alegria e descontração.
Coube a dois nomes destacados da campanha em Santiago o papel de liderar a delegação na solenidade: o mesatenista Hugo Calderano, que se tornou o único tricampeão individual dos Jogos Pan-Americanos entre os homens, além de conquistar o ouro por equipes na capital chilena, e Nicole Pircio, da ginástica rítmica, que faturou três medalhas de ouro nesta edição: no conjunto, nos cinco arcos e no misto (três fitas e duas bolas).
Coube a dois nomes destacados da campanha em Santiago o papel de liderar a delegação na solenidade: o mesatenista Hugo Calderano, que se tornou o único tricampeão individual dos Jogos Pan-Americanos entre os homens, além de conquistar o ouro por equipes na capital chilena, e Nicole Pircio, da ginástica rítmica, que faturou três medalhas de ouro nesta edição: no conjunto, nos cinco arcos e no misto (três fitas e duas bolas).
Hugo Calderano e Nicole Pircio (Foto: Miriam Jeske/COB)
A dança típica do Carnaval de Barranquilla, sede da próxima edição dos Jogos, em 2027, teve espaço no momento de passagem da bandeira de uma sede para outra.
Os cantores Joe Vasconcellos e Prince Royce se apresentaram para marcar a reta final da cerimônia, com uma performance que culminou em fogos de artifício e muitas emoções. Para o Brasil, é um momento de avaliar positivamente os resultados e já arregaçar as mangas para os próximos desafios, em especial os Jogos Olímpicos.
"Temos muito o que comemorar. Viemos com muita alegria e energia para celebrar os resultados esplêndidos que tivemos nesses Jogos Pan-americanos. Estávamos muito confiantes. Hoje a gente comemora, mas amanhã já começamos a trabalhar para os Jogos Olímpicos de Paris, que estarão logo ali", disse Rogério Sampaio, diretor-geral do COB e chefe da missão brasileira na capital chilena.
Em Santiago, Brasil se renova e confirma jovens atletas com potencial para brilhar
Gaspar Nóbrega/COBAtletas que participaram do Programa Conexão Santiago, para jovens talentos, conquistam 34 medalhas
A delegação brasileira contou com 20 medalhistas olímpicos entre os mais de seiscentos atletas que ajudaram a alcançar o segundo lugar no quadro geral de medalhas em Santiago 2023, atrás apenas dos poderosos Estados Unidos. Mas nem só de atletas consagrados se faz um time campeão. Dos 205 pódios do Time Brasil, muitos foram conquistados por jovens talentos, que confirmam a renovação do Esporte Olímpico Brasileiro e passam a sonhar com voos mais altos no cenário internacional.
Guilherme Caribé, da natação, com três ouros e uma prata; Renan Gallina, do atletismo, com dois ouros; Maria Eduarda Alexandre, da ginástica rítmica, com dois ouros e um bronze; Miguel Hidalgo, ouro no triatlo; e Evandílson Neto e Filipe Vieira, prata na canoagem, são apenas alguns dos nomes que a torcida brasileira vai se acostumar a ouvir nos próximos anos.
“Santiago 2023 nos trouxe a confirmação de jovens talentos, que tiveram a oportunidade de mostrar o trabalho em uma competição de nível pan-americano. A participação com conquista de medalhas potencializa eles para um patamar mundial”, afirmou o vice-presidente do COB, Marco La Porta.
Kenji Saito, subchefe de missão e Diretor de Desenvolvimento e Ciências do Esporte do COB, celebrou o sucesso do Programa Conexão Santiago na maturação dos novos talentos.
“Em 2022, o COB lançou o programa Conexão Santiago, que deu suporte específico para os atletas que conquistaram nos Jogos Pan-americanos Júnior de Cali vagas para Santiago. Foram projetos de parceria com as Confederações e o resultado foi muito positivo. De 33 atletas que receberam o suporte do programa, nós conquistamos 34 medalhas. Então, percebemos como é importante o trabalho de renovação que tem acontecido em várias modalidades”, disse.
O Time Brasil em Santiago contou com uma equipe multidisciplinar composta por mais de 40 profissionais da área de saúde, de preparação desportiva, mental, ciências e tecnologia que ajudaram a potencializar os resultados tanto de atletas jovens como experientes.
“Estamos proporcionando esse trabalho para as Confederações que usam cada vez mais com atletas e equipes jovens. Tenho certeza de que isso auxilia em muito a transição desses talentos para o alto rendimento”, completou Kenji.
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NO FUTEBOL MASCULINO DO PAN-AMERICANO 2023
No último dia de regatas, foram dois bronzes
A equipe brasileira de vela encerrou sua participação nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, neste sábado (4), com mais duas medalhas de bronze, resultado final obtido com as duplas mistas do Nacra 17, com Samuel Albrecht e Gabi Nicolino, e do Snipe, com Juliana Duque e Rafael Martins. As regatas foram realizadas na raia de Algarrobo, em Valparaíso, desde o sábado (28/10).
Ao todo, o país somou seis pódios no Pan 2023, sendo três de ouro e três bronze. O Time Brasil ficou em segundo lugar no quadro geral de medalhas na modalidade vela, além de garantir duas vagas olímpicas para Paris 2024 no 49erFX e no Nacra 17.
O melhor desempenho entre os países desta edição dos Jogos Pan-Americanos foi dos EUA com quatro medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze. A Argentina ficou em terceiro com duas de ouro, uma de prata e duas de bronze, e o Peru saiu do Chile com duas de ouro e uma de prata.
As medalhas de ouro dos velejadores brasileiros foram conquistadas com Martine Grael e Kahena Kunze (49erFX), Bruno Lobo (Kite) e Mateus Isaac (IQFoil). Os bronzes vieram pelas mãos de Maria do Socorro Reis (Kite), Samuel Albrecht e Gabi Nicolino (Nacra) e Juliana Duque e Rafael Martins (Snipe).
''Mais uma vez, os atletas brasileiros mostraram a força da modalidade no Pan brigando por medalhas até as últimas regatas. Mesclamos uma equipe experiente, com participações olímpicas e em mundiais, junto com a nova geração. Nas novas modalidades olímpicas, como IQFoil e Fórmula Kite, os nossos atletas se destacaram'', explicou Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.
Com pódio garantido, a dupla do Nacra 17, Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino, entrou para vencer os norte-americanos na medal race, mas acabou atrás dos adversários. Mesmo assim, levaram mais um bronze para a equipe, que já havia sido bronze em Lima 2019 no multicasco, além da vaga do país na categoria.
Na Snipe, a dupla Juliana Duque e Rafa Martins entrou na final com chances de ouro, mas ficou com o bronze. Os baianos ficaram em quinto lugar na medal race. O ouro ficou com os argentinos Julio Alsogaray e Malena Sciarra e a prata para os norte-americanos Ernesto Rodriguez e Kathleen Tocke.
''Ficamos com o bronze e temos que agradecer a todos que nos apoiaram. É uma honra levar mais uma medalha para o Brasil e para a Bahia'', disse Juliana Duque. Os dois fazem campanha olímpica de 470 misto para Paris 2024.
Bruno Fontes foi para a final da ILCA 7 e terminou o campeonato em quinto lugar. O peruano Stefano Peschiera foi o campeão. Emocionado, o atleta mais experiente da delegação com 44 anos. ''Volto para casa de peito aberto e dei o meu melhor. Infelizmente não deu medalha, os outros foram melhores, faz parte do esporte''.
No ILCA 6, Gabriella Kidd foi a sétima no geral, com o título ficando para a norte-americana Erika Rose Reineke.
Na Lightning, Thomas Sumner, Ana Barbachan e Larissa Juk fecharam na sétima colocação e o lugar mais alto do pódio foi para Allan Terhune, Madaline Baldridge e Sarah Chin (EUA).
A vela do Brasil soma agora 91 medalhas em Pans, sendo 42 ouros, 27 pratas e 22 bronzes.
Resultados
49erFX: Martine Grael e Kahena Kunze - 1ª
49er: Marco Grael e Gabriel Simões - 5º
Snipe: Juliana Duque e Rafa Martins - 3º
Nacra 17: Samuel Albrecht e Gabriela Sá - 3º
Lightning: Thomas Sumner, Ana Barbachan e Larissa Juk - 7º
ILCA 7: Bruno Fontes - 5º
ILCA 6: Gabriella Kidd - 7ª
Fórmula Kite: Bruno Lobo - 1º
Fórmula Kite: Maria do Socorro Reis - 3ª
IQFoil: Mateus Isaac - 1º
IQFoil: Bruna Martinelli - 6ª
Fonte: CBVela
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