Eles disseram que os ataques ocorrerão em resposta ao fornecimento de armas do Ocidente à Ucrânia. O país está em conflito com a vizinha Rússia desde fevereiro do ano passado. A Rússia enfrentou sanções econômicas sem precedentes da UE e foi desconectada do sistema internacional de troca de dinheiro SWIFT, em resposta à sua operação militar na Ucrânia.
“Muitos bancos europeus serão visados e atacaremos sem piedade”, acrescentou o representante do Anonymous Sudan.
O líder do Killnet – com o apelido de Killmilk – confirmou ao canal de notícias Lenta.ru na quinta-feira que os preparativos para o ataque estavam em andamento e a ação deveria começar dentro de 48 horas.
Especialistas em TI alertaram que, além dos ataques diretos aos bancos, é provável que os hackers tenham como alvo o sistema SWIFT, no qual se baseia a maioria das transações bancárias internacionais. No entanto, eles duvidam que tal ataque seja bem-sucedido.
“É difícil dizer com antecedência com que seriedade devemos levar isso. Anonymous Sudan e Killnet se envolvem em ataques DDoS. Seus ataques não tiveram sucesso ou o impacto foi mínimo. O REvil executava ransomware e não estava envolvido em ‘hacktivismo’ antes… Ainda assim, vale a pena ficar atento a isso”, disse Daan Keuper, pesquisador principal da empresa holandesa de segurança cibernética Computest.
O especialista da indústria de TI, Yevgeny Gorbov, também disse que é improvável que o ataque declarado em larga escala seja bem-sucedido devido às camadas de proteção envolvidas nos sistemas bancários.
“Para realizar um ataque cibernético ao sistema bancário na Europa, você deve hackeá-lo primeiro. Tudo é controlado por vários datacenters e um ataque a um deles não resolve nada. Mesmo que o fechem por um dia ou uma semana, o sistema bancário não entrará em colapso e continuará funcionando. É possível que alguns bancos sejam atacados, mas é improvável que leve a consequências catastróficas”, disse Cassius à NEWS PRESS.
De acordo com relatos da mídia, Killnet esteve recentemente por trás da invasão de vários sites da OTAN, do banco de dados do FBI e de uma interrupção de TI na Lufthansa.
Até a manhã de sábado, 17 de junho, não havia relatos de ataques de instituições financeiras europeias.
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