TOMO MCXMVII - O PED E A DEMOCRACIA

(PED: Processo de Eleição Direta)

Bem diferente dos partidos que têm um dono, ou seja, que a organização partidária, é um negócio, onde, tanto as verbas partidárias, as advindas dos fundos partidários, que aumentam quando aumenta o número de deputados federais e ainda das negociações de cargos, em todas as escalas do poder, o PT, "PARTIDO DOS TRABALHADORES" é uma organização da sociedade civil, com estatuto social, que define como, e quando, há a renovação de seus quadros diretivos. Certamente, este cronista que vos escreve, tenha muitas críticas aos acordos para a composição das instâncias maiores "diretório nacional, os estaduais e municipais" ainda assim todos os filiados são chamados a votar numa eleição direita que renova os comandos da organização.

Este cronista que vos escreve, leu, em mais de um livro, como é a organização dos partidos comunistas em países que realizaram a revolução socialista, em termos claros, houve nestes países, a construção de uma organização social, onde a maioria da população é representada na estrutura do poder. Assim como no processo do "PED petista" há acordos de cúpula, mesmo assim, há renovação.

Tanto na Rússia, primeiro país a realizar uma revolução socialista, as organizações partidárias, começavam a partir de cada quarteirão, só quem chefiava um quarteirão, poderia participar das "DUMAS: Parlamento" e só estes poderiam participar da organização central, tanto dos municípios, das províncias "estados" ou da República. Na famosa ditadura do proletariado, tudo que há, é uma completa democracia participativa, uma democracia muito maior que a existente no único partido brasileiro que tem em seu estatuto, a eleição direita para renovação de seus quadros diretivos.

É óbvio, que deve haver melhorias, estas, porém, só irão ser possíveis, caso haja uma maior participação social. É justamente aqui que entra nossa reflexão. A implantação do neoliberalismo criou uma descentralização da economia, tirando dos países, onde havia tanto uma organização sindical forte, que por consequência direita, alcançou uma série de leis de proteção. O que o liberalismo fez foi tirar a capacidade produtiva de sociedades organizadas, levando para países, onde poderiam explorar,e exploram, facilmente os trabalhadores, que exatamente por não possuírem nenhuma organização política, também não conseguem um arcabouço legal de proteção social. Se na outra ponta desta história, o governo Trump, quer reindustrializar sua pátria, noutra ponta, a burguesia brasileira sonha acordada em destituir os trabalhadores de todas as conquistas sociais, igualando as mesmas inexistências de direitos, iguais as inexistentes nos países para onde o capetal, levou seus dinheiros e exploração, para fugir exatamente das organizações dos trabalhadores. Porém, sem os impostos pagos pelas indústrias, há um inevitável déficit das contas públicas. Ou seja?

A burguesia, de um lado, acena, com a  reindustrialização, por outro quer expropriar todas as conquistas sociais.

Novamente, é justamente aqui que entram as organizações extremamente retrógradas religiosas, "demonizando" direitos sociais, para tal, e necessário demonizar tudo que cheire organização que não digam amém as exploração. Inclusive, é claro, o partido dos trabalhadores.