a) aos futuros alunos alunos de história e oralidade da professora Patrícia e do professor Rodrigo, estendendo a arqueóloga Tereza, pois está, naturalmente sabe, que a história começa com uma pré-história.
Assim como na música "SAMBA DE UMA NOTA SÓ", outras "minas" vão entrar, mas, a base é uma só.
Chegar ao alto da Vila Brasilândia, mas, precisamente, Vila Terezinha, minha foi seduzida pela máquina publicitária, que vendia as inexistentes maravilhas de uma "locomotiva Brasil". Ver sair das maravilhas publicitadas, mesmo que tenha boas lembranças dos dois primeiros anos de vida, não tinha bases para julgamento algum. Minhas histórias na cidade natal, "Perreira Barreto", são apenas memórias da primeira infância, os comentários vieram de narrativas de minhas quatro irmãs mais velhas ou de minha mãe.
Chegamos a São Paulo, para ser inquilinos da d. Lourença e do seu Vitorino, padrinhos de minha irmã, a caçula das mulheres, "Maria Aparecida", a casa tinha um poço e sarrilho, ou seja, ainda que ali perto houvesse uma mina d'água, ela não entra nesta minha história.
Um ano depois, mudamos para antiga estrada do Sabão, não a estrada do Sabão que há hoje, a qual moramos é a atual estrada Lazzaro Amâncio de Barros, mas, precisamente, no Largo da Pancada, sua histórica "pontinha" para a travessia do córrego formado por uma nascente que ainda existe "a única destas minas da minha vida", esta mina, de onde chegava água para beber, mesmo quando já morávamos na Vila Terezinha, a distância não pequena. Desta primeira mina, perto dela, uma capela pertencente à paróquia da Vila Terezinha, neste tempo, apenas a "igreja de Santo Antônio da Brasilândia".
Em cinquenta e sete, mudamos para a Vila Terezinha, sem poço, algo pelo qual eu não conhecia, as águas, para beber e cozinhar, vinham de uma mina d'água , que nascia nos limites da casa do seu José Marcelino, o nome da rua que passa na porta, nesta casa, havia uma grande Paineira, cujo os espinhos de seu tronco, nos causou alguns ferimentos, que as nuvens que traziam suas sementes, invadiam nossas casas e era "armas" de batalhas infantil, esta era apenas uma das três grandes Paineiras existentes, nenhuma ainda existe.
Desta mina d'água, em especial, só quando havia muitos poucos moradores na Vila, que até então chamávamos de Santa Terezinha, não era bem o ponto de lavar as roupas, estas eram lavadas noutra mina, a existente na confluência das Vilas Terezinha e Jardim Princesa, antiga estrada da Parada, hoje av. Dep. Cantídio Sampaio, "mais um sabujo da ditadura" por favor troquem o nome desta Av.
Esta mina, conhecida na época como mina do Caninana, um senhor que criava cabras, num terreno próximo, "famoso por falas hoje misóginas, naquele tempo, hipócritas, sobre o direito de seus filhos e as negativas dos direitos das filhas dos outros, inclusive das suas, que parece não concordar muitos com as falas do pai.
O registro da música "samba de uma nota só" faz-nos voltar à mina d'água, esta, entre duas grandes pedras, que formava uma piscina natural, onde as mulheres lavavam as roupas, antes da piscina, a nascente de onde também vinham águas para o consumo doméstico. No pós piscina, as constantes brincadeiras infantis, muitas quedas, roupas sujas, para as eternas brigas de todas as mães. Esta mina forma o córrego do Canivete, que vai desaguar no Rio Tietê, e recebe as águas de duas outras minas. Uma destas, no alto do Guarani, ops, duas outras lembranças: a primeira, que a primeira mina desde que moramos na Vila Terezinha, também divide esta Vila do jardim Guarani, outra, etimológica, (Guará, vermelho do Tupi, e ni, sufixo diminutivo, logo, Guarani, vermelhinho, ou lobinho, já que Guará, também é o lobo vermelho. Desta terceira mina que circunda a Vila Terezinha, era a mais frias das águas destas minas, suas águas juntam com as águas da mina do Caninana que chegam ao córrego do Canivete.
Tanto o jardim Guarani, como a Vila Terezinha, são duas colinas, que por uma questão geográficas, formam "micro-bacias hidrográficas". Outra questão, é a religiosidade, no alto do Guarani, a capelinha, "capela Aparecidinha" nosso ponto turístico, já, que o Mirante, permitia a vista integral da Vila Brasilândia, nossa metrópole, donde, vinha o pão, era a farmácia, o açougue, o mercado, o ponto "final" das antigas linhas de ônibus, "verdadeiras latas de sardinha' tanto da (TUSA: "Transportes Urbanos S/A" e CMTC "Companhia Municipal de Transportes Coletivos"), que deixaram de ser latas de sardinha na gestão da prefeita Luiza Erundina, CMTC privatizada na gestão seguinte, para o desleite dos empresários.
Deixamos a última destas minas para o final, não só por ela ser a terceira destas minas que estão na parte alta do córrego do Canivete, a mina até então existente na divisa de outras duas colinas, a da Vila Terezinha e o jardim Carumbé, "local distante" em linguagem "BANTÔ".
Nesta época, final dos anos cinquenta e início dos anos sessenta, o jardim Carumbé, era a chácara do japonês, suas águas correm no leito da hoje av. Manoel Bolívar, chega ao limite de duas outras colinas, "jardins Princesa e Damasceno", sendo que este último, o loteamento é um crime, pela topografia íngreme, mas, vá perguntar para alguém que não tem onde morar, que sonha com uma casa própria.
Há certamente alguns crimes cometidos, começando por quem loteia tal área, pelo governante que autoriza o loteamento e pelo nome na av. Que separa as colinas, "micro-bacias hidrográficas" Av Cantídio Sampaio.
Precisamos, conhecer nossas histórias, as pré-histórias das pessoas que venha habitar estas regiões periféricas, as publicidades que convencem convencem pessoas, "meus pais" a saírem de suas terras natal" para fazer a "inexistente e impossível américa" longe de onde tinha vida estruturada, também, é necessário registrar, que quando há investimentos, o então ponto de origem de migrantes, "o Nordeste brasileiro" pode trazer de volta seus patrícios.
Outro ponto, além da ancestralidade, é a religiosidade, nestes tempos, anos cinquenta, o maciço destas pessoas, era formada por católicas, antes da teologia da libertação, ou seja, antes da opção pelos pobres. Esta religiosidade, trouxe para a São Paulo da garoa, os feitiços das festas juninas, hoje, só para a sede arrecadatórias destas igrejas.

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