Uma crônica sobre bullying cultural, entreguismo e a elite que prefere se ajoelhar
🧠 Introdução: Preconceito que nasce no espelho
O primeiro comentário xenofóbico que ouvi não veio de um "quatrocentão" paulistano, mas de alguém tão nordestino quanto a vítima. Chamaram-no de “tamborete de quenga”. Eu nem sabia o que era “tamborete”, muito menos “quenga”. A vítima? Recém-chegado à Terra da Garoa. Estatura baixa, sem dinheiro, sem “fumo de corda”... mas os agressores? Iguais.
O bullying, nesse caso, tem um agravante: é endógeno. E isso diz muito sobre o Brasil.
🇧🇷 Síndrome do sabujo: quando o povo vira cortesão
A elite brasileira — especialmente a financeira — vive como quem lambe botas alheias. Mas o problema maior é quando essa ideologia se espalha pelas camadas populares. O carregador de bagagem absorve os códigos da corte e começa a zombar de seus próprios iguais. E assim se constrói um ciclo de submissão.
O brasileiro médio vota e vive sob o encantamento de uma indústria cultural sofisticada, que cria heróis falsos, falsos salvadores e patriotas de ocasião — os “patriotários”.
🏴 De cadelinhas e capitais: os falsos arautos da pátria
A extrema direita, quando confrontada, adora usar frases como “cadelinha do capitalismo”. Só que essa crítica sai da boca de quem vive de quatro para a burguesia retrógrada, que prefere ser colônia a correr riscos com soberania. E o entreguismo não se limita ao discurso: ele opera com fervor, na Câmara, nas comissões, nas relações exteriores.
Nossa elite nacional parece ignorar que dinheiro internacional — depois de compensado — vira crédito aqui do mesmo jeito que o dólar.
📚 Glossário necessário
Para quem não está familiarizado com os termos usados no Brasil profundo:
- Tamborete: pequeno banco, simples cadeira baixa
- Gabiru: pessoa de baixa estatura, franzina
- Quenga: prostituta
📢 Conclusão: bancos não são tamboretes
Se hoje a elite mundial é financeira, os banqueiros brasileiros precisam entender que são donos de bancos, não de tamboretes. E se o povo brasileiro quer ser independente, que recomece pela construção do sentimento pátrio. Isso não cairá do céu — nem virá como milagre.
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