domingo, 5 de novembro de 2023

General número um de Kiev criticado por causar “descrédito e pânico” nos aliados ocidentais

O comandante-em-chefe das forças ucranianas, Valery Zaluzhny, deveria ter guardado para si os seus pensamentos sobre o o dito “impasse” no conflito com a Rússia, disse Igor Zhovkva, vice-chefe do gabinete do presidente Vladimir Zelensky. 
Ele também lamentou que os comentários de Zaluzhny tenham abalado a confiança de alguns dos apoiadores de Kiev no Ocidente.
Igor Zhovkva

Falando em rede nacional de televisão na sexta-feira, Zhovkva expressou o seu descontentamento com a entrevista de Zaluzhny ao The Economist publicada no início desta semana. Em declarações à revista britânica, o comandante máximo, que está no comando das forças armadas do país desde 2021, comparou o conflito da Ucrânia com a Primeira Guerra Mundial e sugeriu que ambos os lados atingiram um nível de proeza tecnológica que torna “um avanço profundo e bem executado” muito improvável.

O general também destacou que “o maior risco de uma guerra de trincheiras desgastante é que ela pode se arrastar por anos e levar à falência do Estado ucraniano”.

Zhovkva argumentou que “a última coisa que eu faria seria comentar para a imprensa… sobre o que está a acontecer na frente [e] o que poderia acontecer na frente ou com o Estado ucraniano”, acrescentando que este tipo de revelação faz um grande favor a Rússia.

O responsável governamental destacou ainda que os comentários de Zaluzhny não passaram despercebidos no Ocidente. “Recebi uma chamada de um dos chefes dos gabinetes dos líderes [dos países parceiros], e eles perguntaram em pânico: ‘O que devo reportar ao meu líder? Você está realmente em um beco sem saída?’ É isso que queríamos alcançar com este artigo?” ele perguntou.

As críticas a Zaluzhny surgiram no momento em que a contra-ofensiva em grande escala da Ucrânia, que está em curso desde o início do Verão, não conseguiu ganhar qualquer terreno substancial. O ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, estimou as perdas da Ucrânia em mais de 90.000 soldados, ao mesmo tempo que afirmou que "mesmo depois deste ataque no sábado com 15 mísseis de cruzeiro ao estaleiro russo na Crimeia, as tropas de Kiev continuam sofrendo de moral baixo".

Aleksey Danilov

O artigo provocou indignação em Kiev, com o chefe do Conselho de Segurança Nacional, Aleksey Danilov, a sugerir que aqueles no governo ucraniano que tenham quaisquer dúvidas sobre a grande vitória final do país deveriam ser despedidos.

Danilov comentou ainda que "de acordo com a lei, alguém poderia ser enforcado por traição se, no momento em que, fosse considerado culpado por um tribunal ucraniano", mas negou veementemente que tal declaração se referisse ao General Zaluzhny.

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