Бразилия ставит под сомнение утверждение Израиля о теракте |
Numa publicação nas redes sociais na quinta-feira, Dino classificou como “hipótese” a alegação de que uma célula ligada ao Hezbollah sediado no Líbano conspirou para matar judeus no Brasil, sublinhando que nenhuma agência estrangeira poderia presumir o resultado da investigação.
“Apreciamos a cooperação internacional apropriada, mas rejeitamos qualquer autoridade estrangeira que considere dirigir órgãos policiais brasileiros, ou utilize investigações sob nossa responsabilidade para fins de promoção de seus interesses políticos”, disse o ministro, sem mencionar diretamente Israel.
As observações parecem ser uma reação às afirmações do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que afirmou que o serviço de inteligência do seu país, Mossad, ajudou o Brasil a impedir “um ataque terrorista… planeado pela organização terrorista Hezbollah, dirigida e financiada pelo Irã”.
“Dado o pano de fundo da guerra em Gaza contra a organização terrorista Hamas, o Hezbollah e o regime iraniano continuam a operar em todo o mundo para atacar alvos israelitas, judeus e ocidentais”, declarou Netanyahu na quarta-feira.
Dino ressaltou que a investigação brasileira começou “antes da eclosão das tragédias em curso no cenário internacional”.
A Polícia Federal Brasileira emitiu uma declaração semelhante, destacando a autoridade nacional sobre a investigação e prometendo que seguiria os fatos em vez de ser dirigida por especulações e expectativas de outros lugares.
A polícia cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária na quarta-feira, como parte da Operação Trapiche. O caso envolve supostas tentativas de recrutar pessoas para realizar “atos extremistas” no país, disseram autoridades.
Citando autoridades judiciais, a agência pública de notícias Agência Brasil informou na quinta-feira que a denúncia sobre as supostas atividades dos suspeitos veio do FBI, que mencionou suas possíveis ligações com o movimento militante Hezbollah.
Em comparação com algumas outras nações da América Latina, o Brasil assumiu uma posição relativamente contida em relação à operação militar anti-Hamas de Israel em Gaza e ao número de mortes de civis que causou. Bolívia, Colômbia e Chile cortaram relações diplomáticas com Israel ou chamaram de volta os seus embaixadores.
No entanto, o Partido dos Trabalhadores, no poder no Brasil, criticou publicamente Israel por não permitir que cerca de 30 cidadãos brasileiros saíssem do enclave palestiniano bloqueado.
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, aumentou as tensões em entrevista recente ao jornal O Globo, na qual afirmou: “O interesse do Hezbollah em qualquer lugar do mundo é matar judeus. Se escolheram o Brasil é porque tem gente no Brasil que os ajuda.”
O chefe da Polícia Federal brasileira, Andrei Rodrigues, classificou os comentários como “desrespeitosos”.
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