Imprensada entre a Venezuela, Brasil e o Suriname, a ex-colónia britânica com uma população de cerca de 800.000 pessoas deverá crescer a um ritmo “extremamente rápido”, aumentando 38% até ao final deste ano, de acordo com previsões recentes do Fundo Monetário Internacional (FMI). ). A Guiana registou o maior crescimento do PIB do mundo no ano passado, com 62,3%, mostraram as estatísticas do FMI.
A unidade de pesquisa da Fitch Solutions, BMI, repetiu a previsão do FMI, afirmando que “a Guiana verá um crescimento explosivo este ano”.
O chefe de risco-país da BMI para a América Latina, Andrew Trahan, espera que o PIB real na Guiana aumente cerca de 115% nos próximos cinco anos. “A magnitude exacta do aumento [depende] da rapidez com que a produção adicional de petróleo é colocada em funcionamento”, disse ele, citado pela CNBC.
De acordo com estimativas da BMI, a produção de petróleo na Guiana deverá saltar de cerca de 390.000 barris por dia este ano para mais de um milhão de barris por dia até 2027, devido à descoberta de novos campos offshore no Bloco Stabroek do país.
“O crescimento robusto da Guiana foi, e continuará a ser, impulsionado por uma rápida expansão da produção de petróleo após uma série de descobertas nos últimos anos”, disse Trahan, observando que uma maior produção de petróleo reforçará as exportações líquidas da Guiana. Ele acredita que o país voltará a ser a economia que mais cresce no mundo em 2023 e manterá o título pelo menos nos próximos dois anos.
O relatório destacou que o setor não petrolífero da Guiana também tem crescido graças ao investimento nos transportes, na habitação e na criação de capital humano. De acordo com o FMI, os sectores da agricultura, mineração e pedreiras do país também tiveram um bom desempenho.
Alguns especialistas, no entanto, alertaram que o país sul-americano enfrenta certos riscos às empresas multinacionais petrolíferas que podem impedir o crescimento.
A Guiana passou rapidamente de um dos países caribenhos mais pobres para uma economia “apresentando um crescimento excepcional”, disse Valerie Marcel, membro associado do think tank Chatham House, à CNBC.
O Brasil de Lula também aparece na corrida pelo rápido crescimento devido à produção de petróleo na região equatorial da Amazônia.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu na sexta-feira, 29 de setembro, a primeira licença ambiental para atividades de petróleo e gás na Margem Equatorial.
Estudos internos da Petrobras mostram que um único bloco na Margem Equatorial, na região amazônica do Amapá, pode conter reservas de mais de 5,6 bilhões de barris de petróleo. Lula afirmou que o governo vai explorar o petróleo sem causar “nenhum prejuízo” ambiental.
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