O artigo do Post na sexta-feira baseou-se fortemente em um relatório divulgado na semana passada pela organização sem fins lucrativos American Security Project. Intitulado: “Combate à Obesidade Militar: O Impacto Persistente do Estigma na Prontidão Operacional”, o documento estima que “68% dos militares em serviço activo têm excesso de peso ou obesidade”.
Alertou também que as taxas de obesidade entre os militares mais do que duplicaram na última década. As descobertas indicam que a gordura corporal excessiva é o principal fator de desqualificação para os candidatos que desejam se alistar, bem como um “principal contribuinte para lesões em serviço e dispensas médicas”.
O Projeto de Segurança Americano argumentou que a tendência representa uma “ameaça terrível” à segurança nacional, minando a “força e operacionalidade das forças armadas”.
“Identificar, diagnosticar e tratar a obesidade nos soldados na linha de frente da nossa defesa nacional pode, em última análise, determinar a sobrevivência da força a longo prazo”, afirma o estudo.
Para resolver este problema, a organização sem fins lucrativos recomenda exames mais frequentes com foco no índice de massa corporal dos militares, juntamente com aconselhamento proativo e aconselhamento médico.
De acordo com dados do Pentágono obtidos pelo jornal Stars and Stripes, menos de um quarto dos americanos com idades compreendidas entre os 17 e os 24 anos qualificam-se tanto académica como fisicamente para o serviço militar.
Em Junho, o Military.com informou que as forças especiais dos EUA – os Boinas Verdes – não conseguiram cumprir as quotas de alistamento durante quatro dos últimos cinco anos devido à escassez de candidatos elegíveis.
Um mês antes, a Secretária do Exército, Christine Wormuth, disse ao Congresso que o alistamento seria novamente insuficiente este ano, após o fracasso do ano passado em recrutar 15.000 militares, ou 25% da meta. O Comando de Recrutamento do Exército dos EUA citou entre as razões o mercado de trabalho apertado, mas também o facto de mais de sete em cada dez jovens americanos serem inelegíveis para o serviço militar devido a questões como obesidade, consumo de drogas e doenças mentais.
Em Abril, o Military.com informou que a Força Aérea dos EUA relaxou as suas diretrizes sobre obesidade, permitindo que os recrutas do sexo masculino tivessem até 26% de gordura corporal, com o limite máximo a chegar aos 36% para as mulheres.
Os limites anteriores eram de 20% para homens e 28% para mulheres.
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