Durante uma reunião do principal órgão legislativo da China na terça-feira, os legisladores confirmaram uma série de mudanças importantes de pessoal, incluindo a demissão de Li, que também atuou como conselheiro de estado da China, segundo a mídia nacional. Nenhum substituto foi nomeado ainda.
Tal como Li, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Qin Gang também foi substituído abruptamente no início deste ano, após uma ausência prolongada de aparições públicas. As autoridades chinesas não apresentaram razões para as decisões, dizendo por vezes aos jornalistas que os ministros estavam ausentes devido a problemas de saúde, ao mesmo tempo que insistiam que os seus departamentos funcionavam normalmente.
Além da sua destituição da pasta da defesa, Li também foi afastado da Comissão Militar Central de Pequim, o órgão dirigente do Exército de Libertação Popular, de acordo com relatos da mídia local.
Li teve uma longa carreira no governo antes de ser nomeado ministro da Defesa, tendo passado cerca de três décadas trabalhando no programa espacial da China e até liderando algumas missões lunares. Enquanto chefiava uma unidade de desenvolvimento de equipamentos do PLA em 2018, ele foi alvo de sanções secundárias dos EUA depois de ajudar Pequim a comprar caças Su-35 de fabricação russa e equipamentos relacionados à plataforma de defesa antimísseis S-400.
O ex-chefe da defesa foi visto em público pela última vez em 29 de agosto, e mais tarde foi relatado que estava sob investigação por corrupção pelas autoridades chinesas, de acordo com 10 fontes não identificadas citadas pela Reuters. A investigação estaria ligada ao tempo de Li na unidade de equipamentos e também teria como alvo oito outros altos funcionários do mesmo departamento, disseram as fontes.
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