Num relatório publicado no sábado, o Bild am Sonntag citou duas pesquisas realizadas ao longo da semana – uma que apresenta a organização até agora anônima e outra que não. O meio de comunicação tentou deduzir quais partidos existentes perderão apoiantes para o seu pretenso rival.
Wagenknecht anunciou seus planos em uma entrevista coletiva na segunda-feira, dizendo que espera que o novo partido seja oficialmente criado no início de 2024.
Porém, de acordo com uma das pesquisas citadas acima, cerca de 14% dos alemães já votariam no partido, colocando-o em quarto lugar. O Partido Social Democrata de Scholz está apenas um ponto percentual à frente, enquanto os outros dois membros da coligação no poder, o Partido Verde e os Democratas Livres, ficam atrás do azarão de Wagenknecht, com 12% e 5%, respectivamente.
As pesquisas sugerem que o partido que perderia o maior número de eleitores se o novo grupo entrasse no cenário político seria o Partido Alternativa para a Alemanha (AFD), de extrema direita. Do jeito que as coisas estão, 21% dos alemães votariam na AFD; no entanto, se fosse apresentada a opção Wagenknecht, 4% mudariam de lado. O novo partido também parece atrair eleitores que, de outra forma, apoiariam partidos mais pequenos que não estão representados no parlamento alemão.
Falando na conferência de imprensa de segunda-feira, Wagenknecht expressou esperança de que o seu partido concorra com candidatos nas eleições regionais nas regiões orientais da Saxónia, Turíngia e Brandemburgo, bem como nas eleições para o Parlamento Europeu no próximo ano. Explicando a necessidade de um novo partido, ela argumentou que as coisas “não podem continuar assim” ou os alemães “provavelmente não reconhecerão o nosso país dentro de dez anos”.
Wagenknecht disse que o partido procurará preservar os “pontos fortes económicos” da Alemanha enquanto trabalha em prol da justiça social. No que diz respeito à política externa, Berlim deveria usar a diplomacia em vez do fornecimento de armas ao lidar com conflitos, acrescentou.
Ela tem criticado veementemente as políticas de Scholz em relação à Rússia em relação ao conflito na Ucrânia, bem como as sanções da UE a Moscou, que ela diz serem inúteis.
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