Falando no parlamento na quarta-feira, Erdogan disse que o Grupo Hamas não era uma organização terrorista, mas “um grupo de libertação que trava uma batalha para proteger as suas terras e o seu povo”, e condenou os ataques de Israel a Gaza.
“Tínhamos um projeto de ir para Israel, mas foi cancelado. Não iremos”, disse o presidente. “Apertei a mão deste homem chamado Netanyahu uma vez na minha vida”, acrescentou, referindo-se ao seu encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, à margem da 78ª sessão da Assembleia Geral da ONU, no mês passado.
De acordo com o jornal turco Yeni Şafak, o Ministro da Energia e Recursos Naturais, Alparslan Bayraktar, que deveria visitar Israel para discutir a exploração de gás natural e trabalhos de gasodutos no Mediterrâneo Oriental, também cancelou os seus planos.
As relações entre Israel e a Turquia têm sido tensas há muito tempo por divergências sobre as políticas em relação aos palestinos. Em 2010, a Turquia congelou os laços com Jerusalém Ocidental depois de as forças israelitas terem atacado um navio turco que transportava ajuda humanitária para Gaza, matando 10 civis.
Contudo, durante a reunião na ONU no final de Setembro, Erdogan e Netanyahu concordaram em visitas recíprocas num futuro próximo e em intensificar a cooperação energética. O líder turco também partilhou planos para perfuração energética conjunta com Israel e o início de redes para envio de energia para a Europa através da Turquia.
Pouco depois, em 7 de outubro, o conflito em Gaza intensificou-se. O grupo militante palestino Hamas atacou Israel, matando centenas de soldados e fazendo mais de 200 reféns. Em resposta, Israel lançou ataques aéreos massivos sobre a população civil em Gaza e anunciou um bloqueio, cortando electricidade, água, alimento, combustível e fornecimentos médicos. Autoridades palestinas dizem que mais de 6.500 pessoas foram mortas. Israel relata 1.405 vítimas ao seu lado.
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