Uma investigação recente do Centro de Pesquisa sobre Energia e Ar Limpo (CREA) afirmou que a Índia e a China, que se tornaram os principais compradores de petróleo russo depois que o Ocidente o proibiu, estão refinando o petróleo bruto sancionado em combustível de aviação e diesel e depois re-vendendo-o para países de todo o mundo, incluindo o Reino Unido.
A reexportação de petróleo processado não é ilegal e não viola a proibição do Reino Unido ao petróleo russo devido às “regras de origem” reconhecidas internacionalmente, que definem o país onde o petróleo bruto foi processado em combustível para fins comerciais como o país de origem.
No entanto, a “brecha na refinação” do petróleo contrasta com as alegações de Londres de que não houve importações de petróleo russo desde 2022.
“O problema com esta lacuna é que aumenta a procura de petróleo bruto russo e permite vendas mais elevadas em termos de volume e também aumenta o seu preço”, comentou Isaac Levi, chefe da política e análise energética Europa-Rússia do CREA.
Uma investigação separada realizada pelo grupo de campanha Global Witness revelou que cerca de 5,2 milhões de barris de produtos petrolíferos refinados feitos de petróleo russo foram importados pelo Reino Unido no ano passado. A maior parte desse volume, ou cerca de 4,6 milhões de barris, chegou na forma de combustível de aviação e foi utilizado em um em cada 20 voos no Reino Unido.
Entretanto, o CREA estimou que nos doze meses desde que as restrições ocidentais ao petróleo russo entraram em vigor em 2022, o Reino Unido importou cerca de 569 milhões de libras (712,5 milhões de dólares) em produtos petrolíferos derivados de petróleo bruto sancionado.
Os EUA pretendem trazer esta questão para a próxima reunião do G-7.
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