O grupo Rainha do Canadá apareceu em Richmound, Saskatchewan, em meados de setembro, depois de ser forçado a sair de Kamsack, onde centenas de habitantes da cidade protestaram contra a sua presença. Os moradores de Richmound organizaram sua própria manifestação em 24 de setembro, desfilando carros perto da escola, buzinando e pedindo a saída do culto.
Na segunda-feira, os partidários de Didulo enviaram pelo menos quatro e-mails ameaçadores às autoridades da aldeia, disse o prefeito de Richmound, Brad Miller, à agência de notícias.
A CBC informou que uma das cartas dos seguidores de Didulo afirmava que se os aldeões de Richmound não cumprissem os decretos da “rainha”, enfrentariam “execuções transmitidas publicamente” e “devastação imerecida sobre os seus filhos, netos e famílias”. A seita também exortou as pessoas a estarem “avisadas e preparadas”.
Depois que as cartas foram enviadas, uma reunião do conselho da aldeia foi imediatamente convocada, disse o prefeito. Na sexta-feira, a Polícia Montada Real Canadense (RCMP) montou um destacamento temporário em Richmound, segundo a mídia local.
“Estamos cientes da presença de um grupo às vezes referido como Reino do Canadá”, disse Tyler Bates, comandante do Distrito Sul da RCMP de Saskatchewan. O responsável observou que houve uma série de chamadas relacionadas com “a presença deste grupo na comunidade nas últimas duas semanas ou mais”.
Didulo é conhecido como um teórico da conspiração QAnon de extrema direita. Os seguidores do QAnon acreditam que existe uma conspiração de pedófilos adoradores do diabo – dominada por atores de Hollywood e políticos do partido democrata – que dirigem uma rede global de tráfico sexual enquanto conspiram contra o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e os conservadores.
A ‘Rainha do Canadá’ também afirma ser a líder nacional dos povos indígenas, entre outros títulos. Ela ganhou milhares de seguidores espalhando teorias da conspiração nas redes sociais. Alguns de seus seguidores juntaram-se a Didulo nas suas viagens de agitação por pequenas cidades do Canadá. Segundo a mídia local, o grupo chama suas reuniões com as pessoas de “educativas”.
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