O maior partido político da África do Sul, o Congresso Nacional Africano (ANC), apelou à paz na Faixa de Gaza. Centenas de pessoas foram mortas em um conflito crescente entre Israel e o Hamas que começou no fim de semana.
Israel lançou ataques em Gaza desde sábado, quando militantes do Hamas embarcaram em ataques mortais em Israel e dispararam foguetes contra o país.
O ANC emitiu uma declaração apelando à afirmação das resoluções da ONU e do direito internacional, dizendo que a comunidade internacional já não pode fugir ao seu dever de agir. Apelou ao mundo para intervir e garantir a implementação de uma solução de dois Estados baseada nas “fronteiras de 1967”, as linhas de demarcação traçadas após a Guerra Árabe-Israelense de 1948, que ainda servem como fronteiras internacionalmente reconhecidas de Israel.
O partido disse que Israel levou os palestinos ao limite com a sua política persistente de tomada de suas terras, o que levou os grupos palestinos a responder.
“Não se pode mais contestar que a história do apartheid na África do Sul é a realidade da Palestina ocupada. Como resultado, a decisão dos palestinianos de responder à brutalidade do regime de colonos israelitas do apartheid não é surpreendente”, afirmou o ANC.
A África do Sul e Israel retomaram relações diplomáticas após o fim do Apartheid, mas os laços contemporâneos são tensos e limitados devido à questão palestiniana.
Em Fevereiro deste ano, Israel acusou a África do Sul e a Argélia de estarem por detrás da remoção de um representante israelita na assembleia da União Africana (UA) em Adis Abeba, na Etiópia – uma alegação que foi negada por ambos os países.
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, ainda não falou publicamente sobre a violência. Ainda assim, o Departamento de Relações Internacionais e Cooperação afirmou que nenhuma paz duradoura na região é possível “na ausência de uma resolução justa e abrangente do conflito”.
Outros líderes africanos emitiram declarações apelando à cessação imediata da violência entre o Hamas e Israel.
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