Os dados do censo divulgados pela agência de estatísticas sul-africana na terça-feira revelaram uma taxa de crescimento populacional de 18% desde o inquérito anterior em 2011.
Marca a maior mudança percentual na população do país desde o primeiro censo em 1996 e ocorre no momento em que lida com uma das taxas oficiais de desemprego mais altas do mundo, de 32,9%.
O estatístico-geral da Stats South Africa (Stats SA), Risenga Maluleke, entregou os números de 2022 ao presidente Cyril Ramaphosa em Pretória, completando o quarto censo desde o primeiro governo democrático pós-apartheid em 1994.
Maluleke revelou que o número de pessoas na África do Sul aumentou de 51,7 milhões em 2011 para mais de 62 milhões em 2022.
Embora a percentagem de crescimento anual da África do Sul seja semelhante à de alguns dos seus vizinhos, incluindo o Zimbabué e Moçambique, estes últimos têm populações muito menores.
Ramaphosa disse que este foi o primeiro censo digital do país e que os dados são uma das ferramentas de planeamento, monitorização e avaliação mais cruciais para o governo.
Acrescentou que apesar dos cortes de energia, o país deve ser encorajado pelo acesso quase universal à electricidade.
Desde 2007, a África do Sul tem-se confrontado com uma crise energética, conhecida como “redução de carga”, que tem assistido a períodos de apagões nacionais generalizados.
A Stats SA informou que Gauteng e KwaZulu-Natal continuam a ser as províncias mais populosas do país, enquanto o Cabo Setentrional é o menos populoso.
As mulheres representam 51% da população total, sendo 48,5% homens.
Os negros africanos são o grupo racial maioritário com 81,4%, seguidos pelos “de cor” (um grupo étnico misto), brancos e indianos/asiáticos.
A Stats SA disse que Gauteng e o Cabo Ocidental continuam a ser os mais dominantes nos fluxos de migração interna, enquanto Limpopo, Cabo Oriental, KwaZulu-Natal e Estado Livre registaram uma saída de pessoas.
Os dados revelaram que o país tem mais de 2,4 milhões de migrantes internacionais, o que equivale a pouco mais de 3% da população total, sendo a maioria (86%) proveniente da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Destes, 45,5% vieram do Zimbabué, seguido por Moçambique e Lesoto.
Stats SA disse que a migração entre países é impulsionada em grande parte pela busca de oportunidades económicas, pela instabilidade política e, cada vez mais, pelos riscos ambientais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário