segunda-feira, 12 de junho de 2023

Lula pede 'mobilização' para defender Assange

Lula calls for ‘mobilization’ to defend Assange

O presidente brasileiro expressou preocupação com a aparentemente “extradição iminente” do cofundador do WikiLeaks para os EUA.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva descreveu a detenção de Julian Assange como um ataque à democracia e à liberdade de imprensa. O co-fundador do WikiLeaks deve fazer um apelo “final” ao Supremo Tribunal do Reino Unido, depois que sua última moção para bloquear um pedido de extradição dos EUA foi rejeitada.


Vejo com preocupação a iminente extradição do jornalista Julian Assange. Assange fez um trabalho importante para denunciar as ações ilegais de um estado contra o outro”, disse Lula em um tuíte no sábado.

A esposa de Assange, Stella, disse na quinta-feira que seu marido buscaria outra “audiência pública perante dois novos juízes no Supremo Tribunal”, acrescentando que “continuamos otimistas de que venceremos”.

É importante que todos nos mobilizemos em sua defesa”, acrescentou o dirigente brasileiro, sublinhando que a detenção prolongada do cofundador da WikiLeaks “vai contra a defesa da democracia e da liberdade de imprensa”.


Depois de assistir à coroação do rei Charles III em Londres no mês passado, Lula denunciou a detenção de Assange como um “constrangimento” e uma “coisa louca”. O cidadão australiano, que está definhando na prisão de alta segurança de Belmarsh, em Londres, desde 2019, escreveu recentemente em uma carta ao rei Charles que “como prisioneiro político, mantido a pedido de Vossa Majestade em nome de um soberano estrangeiro envergonhado, tenho a honra de residir dentro das paredes desta instituição de classe mundial”, convidando o monarca a visitar as instalações.

Assange foi preso depois que o Equador revogou seu status de asilo e permitiu que a polícia o retirasse da embaixada do país em Londres. No dia de sua prisão, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou a Assange 17 acusações sob a Lei de Espionagem, que poderia condená-lo a 175 anos de prisão.

As acusações decorrem de sua publicação de material confidencial obtido por denunciantes, incluindo documentos classificados alegando crimes de guerra dos EUA no Iraque e no Afeganistão. Embora Assange não tenha hackeado pessoalmente os materiais, ele ainda foi cobrado por seu papel em publicá-los.

Kristinn Hrafnnson, editor-chefe do Wikileaks,
Joseph Farrell, embaixador do Wikileaks e Lula da Silva, o cara

Sua equipe de defesa está atualmente lutando contra um pedido de extradição dos EUA, mas um recurso anterior da ordem de extradição de junho de 2020 foi rejeitado no início desta semana. Em 6 de junho, o juiz Jonathan Swift, da Suprema Corte da Inglaterra e do País de Gales, rejeitou todos os oito fundamentos de sua moção, dando ao editor do WikiLeaks um prazo de cinco dias para apresentar seu caso a um painel de dois juízes.

Segundo a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o recurso da próxima semana será a última oportunidade de Assange de lutar contra a extradição no Reino Unido, a menos que ele leve seu caso ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

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