quinta-feira, 12 de novembro de 2020

HIP-HOP DOMINA

 

O hip-hop tem sido indiscutivelmente a forma de música popular mais influente da geração passada 

Muito mais do que rock and roll e música country juntas.

Artistas como Jay Z, Nas, Eminem e Missy Elliott se tornaram nomes conhecidos, enquanto os talentos de produção de P Diddy, Dr Dre e Pharrell Williams estão em constante demanda. Nem esse impacto se limitou exclusivamente à música. O 'uniforme' de jeans de cintura baixa, botas Timberland, tênis caros e agasalhos de grife se tornaram austérité entre os jovens do Brooklyn a Brixton.

No entanto, esse aumento aparentemente inexorável gerou polêmica. O hip-hop há muito é associado a um materialismo excessivamente hedonista e machista que celebrava armas, gangues e 'popozudas' (este último é provavelmente o termo menos ofensivo usado para descrever as mulheres). Uma das consequências mais negativas disso foi o encarceramento de um grande número de artistas, muitas vezes por crimes violentos ou sexualmente agravados, como destacado na edição atual da revista de hip-hop Source. Talvez os dias mais sombrios do rap tenham ocorrido em 1996-97 com o assassinato de duas de suas estrelas mais brilhantes, Tupac Shakur e Christopher Smalls, também conhecido como Notorious B.I.G.

No início dos anos 2000, foi argumentado, entre outros colunista do Voice, Tony Sewell, que a influência maligna do canal de hip-hop MTV Base é um fator chave para o baixo desempenho dos meninos negros nas escolas. A sugestão é que esses jovens estavam sendo encorajados a adotar um estilo de vida 'fabuloso do gueto' negativo, em vez de um estilo de vida que valorize a educação e a responsabilidade doméstica e cívica. Na esteira de tais afirmações, os comentaristas clamaram para lançar os últimos ritos do hip-hop. Até mesmo o jornal político normalmente seco, enfadonho e mal lido, Prospect, entrou em cena com uma reportagem sobre o fim do hip-hop.

Os políticos também têm sido rápidos em atacar estrelas do rap ao tentar desviar a culpa pelos males da sociedade. Em 1992, a campanha do candidato à presidência dos Estados Unidos Bill Clinton incluía uma denúncia fortemente abusiva contra a irmã Souljah que visava claramente atrair os eleitores racistas. Da mesma forma, após um trágico tiroteio na véspera de Ano Novo em uma festa de Birmingham, o ministro da cultura do Novo Trabalhismo, Kim Howells, lançou um discurso contra os "rappers machos idiotas".

A verdade, claro, é bem diferente. O hip-hop surgiu pela primeira vez no início dos anos 1970 a partir das grandes festas de bloco organizadas por DJs do Bronx, como Kool Herc e Afrika Bambaata. Os foliões foram encorajados a improvisar letras nos intervalos instrumentais das músicas clássicas que os DJs tocavam em seus enormes sistemas de som. A música rap foi, portanto, uma fuga divertida e uma resposta criativa à pobreza, à violência policial e à alienação que arruinou a vida de jovens negros nos guetos do centro da cidade.

Inevitavelmente, com o tempo, as grandes gravadoras se agarraram às suas possibilidades comerciais. Inicialmente, de maneira consagrada pelo tempo, eles procuraram promover formas "brancas" de música. A banda de punk rock Blondie teve um hit com uma canção chamada Rapture que incluía um rap terrível de Debbie Harry, mas que pelo menos teve o mérito de nomear alguns dos lendários rappers negros com quem a banda se misturou na cena underground de Nova York. Em outros lugares, essas gravadoras fabricaram suas próprias bandas e escreveram letras leves para elas. Eventualmente, no entanto, grupos como Run DMC forçaram seu caminho nas paradas - embora precisassem de um pouco de ajuda dos roqueiros brancos do Aerosmith.


O hip-hop e seu primo próximo R&B representaram 25 por cento de todas as vendas recordes nos EUA em 2010 e em 2017, o tamanho do mercado global de rap era de $ 15,7 bilhões em 2016. A receita anual e os números de crescimento estimados até 2021 são US $ 4,08 bilhões.

Historicamente, as empresas que mantêm esses artistas não têm grande desejo de mudar uma fórmula vencedora. Além disso, muitas outras empresas se apressaram em explorar o potencial de vínculos lucrativos e incentivaram os artistas a divulgar seus produtos em suas músicas e vídeos. Enquanto isso, os compradores de discos e downloaders são encorajados a acreditar que com um pequeno jogo de palavras líricas eles também podem viver o sonho, ou pelo menos imitar o estilo de vida usando o equipamento certo. Deve-se notar que sempre houve artistas que buscaram se opor a essa corrente. Public Enemy, KRS One e Michael Franti, The Roots, Mos Def e Talib Kweli estão entre os artistas que alcançaram certo grau de sucesso ao transmitir uma mensagem mais socialmente consciente. No entanto, essas vozes geralmente foram abafadas por aqueles que vocalizam o fetichismo da mercadoria.

A curta vida de Tupac Amaru Shakur é particularmente reveladora. Sua mãe solteira já havia sido membro do Partido dos Panteras Negras e ele recebeu o nome de um grupo de revolucionários peruanos. Tupac foi um jovem poeta brilhante cujas primeiras letras eram contra o racismo e a injustiça da sociedade americana. Essa abordagem o levou a praticamente lugar nenhum. Enquanto estava na prisão, ele foi oferecido um caminho alternativo para a fama e fortuna. Ele escolheu adotar aquela "vida de bandido" arquetípica, mas foi para se provar uma vida autodestrutiva que o levou a sua própria morte violenta. No entanto, mesmo aqui, não foi simplesmente um caso direto de venda.


Ele claramente permaneceu como um indivíduo profundamente perturbado e torturado. Thug Life, ele uma vez explicou, era uma sigla que significava "The Hate U Gave Lil Infants Fuck Everybody". Em outras palavras, também foi uma resposta à alienação aparentemente impossível da juventude negra em uma sociedade capitalista racista. É precisamente esse sentimento amargo que ele expressa em canções como Trading War Stories e Hellrazor. Com certeza Tupac era um indivíduo gravemente falho, mas o hip-hop perdeu algo que nunca foi capaz de recuperar quando foi morto a tiros em setembro de 1996.

No entanto, os relatos da morte da música rap são extremamente exagerados. É evidente que continua extremamente popular e, no seu melhor, pode ser maravilhosamente inventivo e excitante, nervoso e enraivecido.

A história do hip-hop ainda não está completa, mas precisa desesperadamente de novas ideias e ímpeto.


O COLETIVO + DIREITO À CIDADE NO SUPER BATEPAPO

 

Recebemos no Superbatepapo os companheiros do "Coletivo+Direito à Cidadade", que discutiram os problemas da Cidade de São Paulo. 
A conversa girou em torno de temas ligados á luta por moradia, saúde e educação, além do acesso a serviços fundamentais, tais como saneamento básico e acesso ao lazer e à cultura. é uma candidatura coletiva do partido dos Trabalhadores.

O Coletivo + Direito à Cidade nasceu da necessidade de inovar os legislativos e a cultura política brasileira, construir  relações mais horizontais, dar voz a mais vozes, além de  combinar  experiência, diversidade e renovação em um único mandato.

Com o objetivo de lançar uma pré-candidatura à Câmara Municipal de São Paulo, reunimos ativistas, gestores públicos, especialistas e lideranças comunitárias em um coletivo que se compromete a defender políticas públicas que fortaleçam a democracia e os direitos humanos. ⁠

Nosso coletivo é plural e diverso, como a cidade de São Paulo. Reúne sete homens e mulheres com diversidade etária, de gênero, de raça, de orientação sexual e de regiões da cidade. Nosso compromisso é realizar um trabalho inovador, em defesa de uma cidade de justa, sustentável, saudável e educadora. 


Defendemos o Direito à Cidade, ou seja, o direito à educação, à habitação, à cultura, à mobilidade, à saúde, ao meio ambiente saudável, ao trabalho e às oportunidades. Defendemos os direitos humanos, das mulheres, das crianças e adolescentes, dos idosos, dos LGBTQI+, da pessoa com deficiência. Combatemos a desigualdade e a segregação, o racismo, o machismo, a homofobia, o sexismo e a intolerância.

O Coletivo + Direito à Cidade estará representado nas urnas pelo arquiteto e urbanista Nabil Bonduki Direito à Cidade 13777, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, ex-vereador e ex-secretário de Cultura da cidade, na gestão do prefeito Fernando Haddad.



Vamos transformar São Paulo

Conheça as propostas do Coletivo +Direito à Cidade

Nabil Bounduki
A candidatura Nabil e Coletivo +Direito à Cidade definiu diretrizes gerais de propostas para a Câmara Municipal de São Paulo, sendo elas:

★ Uma cidade aberta, tolerante, saudável, sustentável, educadora, inclusiva, cultural e acolhedora;

ativista antirracista, contra a homofobia e pela cultura na periferia
Gil Marçal
★ A renda básica, a economia solidária, as pequenas empresas e uma reforna tributária que reduza as desigualdades;

★ O Plano Diretor e sua revisão participativa, com Justiça social e ambiental;

★ Habitação digna, a autogestão, a assistência técnica, a urbanização e regularização das favelas, edifícios ociosos para moradia;
Anabela Gonçalves

★ O transporte coletivo, os pedestres, os ciclistas, as ruas abertas e a acessibilidade para as pessoas com deficiência;

★ A agricultura urbana e periurbana, familiar e orgânica e a alimentação saudável;
Beto Custódio

★ Mais áreas verdes; coleta seletiva, reciclagem e compostagem; segurança hídrica; combustíveis limpos na mobilidade;
Evaniza Rodrigues

★ A educação pública e inclusiva, as escolas abertas para a comunidade e o Estatuto do Magistério;

★ O SUS, a atenção básica, a saúde da família e da mulher;
Iracema Araújo

★ A cidadania cultural, o fomento às artes e à periferia, as bibliotecas, o patrimônio cultural e as ocupações culturais;

★ Políticas para a população em situação de rua;

Rayssa Cortez
★ A diversidade, as políticas afirmativas, as cotas raciais, a equidade de gênero, as políticas para as mulheres, idosos e LGBTQI+;

★ Uma gestão participativa, descentralizada e transparente. Uma frente democrática e progressista em defesa dos direitos.

#NabilBondukiMaisDireitoàCidade13777

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Mariana Moura no Super Batepapo

 


Mariana Moura
Candidata a vereadora na cidade de São Paulo pelo PC do B 
Mariana é é doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Energia do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP). Ela faz parte do movimento Cientistas Engajados. Na Live discutimos o papel fundamental desempenhado pela ciência no desenvolvimento da sociedade e a contribuição que uma candidatura em defesa ciência engajada poderia dar ao legislativo municipal.

 Cientistas Engajados 

O grupo Cientistas Engajados foi formado em 2018 por pesquisadores que têm como sonho comum a composição de uma bancada do conhecimento nas instâncias formais da política brasileira. O grupo nasceu no âmbito da Universidade de São Paulo e tem crescido em adesão nos diferentes institutos e demais universidades brasileiras. A finalidade do trabalho do grupo é aumentar a representatividade da ciência no cenário político do país, ampliando a visibilidade da área, fundamental para o Brasil e o mundo, e ampliando o diálogo da academia com a sociedade.



 MANIFESTO DE MARIANA MOURA
CANDIDATA A VEREADORA POR SP
Uma cientista na Câmara


Estamos vivendo um momento muito delicado para o Brasil e para o Mundo. Ao mesmo tempo em que cientistas jovens e experientes de todas as áreas do conhecimento trabalham abnegadamente dia e noite para achar soluções para que atravessemos essa crise, o governo federal ignora dados científicos e anuncia cortes nas bolsas de pesquisa. Seus seguidores atacam jornalistas científicos e sites de divulgadores de Ciência, enquanto espalham falsas promessas de cura aproveitando-se do desespero do nosso povo.

Precisamos fazer uma discussão séria sobre o que queremos enquanto sociedade neste momento.

O Brasil precisa de um Estado e, portanto, de governos que estejam a serviço de toda a população. Vamos falar a verdade: um Estado mínimo não estará a serviço da população, e sim da redução de investimento público. Isso representa a diminuição do número de funcionários que nos atendem nos hospitais e nas escolas públicas, e a reserva de metade do orçamento da União para o pagamento e rolagem da dívida pública, enquanto as pessoas pobres passam fome, não têm acesso à saúde, à educação, à ciência e ao emprego com salário digno.

No início do século passado, na Grande Depressão, milhões de pessoas foram jogadas na miséria por conta da crise econômica gerada pelo colapso do modelo de especulação financeira norte-americano em 1929. Para tirar o Brasil e o mundo daquela crise, foi necessário o apoio do Estado. No momento atual, maior depressão econômica global desde aquele período, muitos países estão fazendo o mesmo e assegurando a sustentação social. O Brasil, infelizmente, dessa vez, não está.

Por isso, muito se tem discutido sobre em qual mundo iremos viver depois dessa crise.

Pois bem, vamos precisar que o Estado contrate médicos e professores, invista em pesquisa e na produção de vacinas, que serão feitas nas instituições públicas de pesquisa, e garanta o mínimo de direitos para trabalhadores informais, além de manter o emprego e a renda. Vamos precisar apoiar as pequenas e médias empresas e não permitir que concessionárias de serviços públicos cortem a luz e a água daqueles que não puderem pagar por um período. Vamos precisar do Estado para que o país possa atravessar a fase mais difícil de sua história recente e depois para impulsionar a economia quando tudo melhorar. Isso porque vai melhorar.

Para isso, vamos precisar de mais ciência e tecnologia para construirmos um país mais justo e soberano.

Neste ano, temos eleições municipais e eu sou pré-candidata a vereadora da cidade de São Paulo, lugar contraditório com intensas desigualdades e uma capacidade de renovação ímpar. Quero ajudar nessa renovação trazendo o ponto de vista da Ciência para a política paulistana.

Temos hoje na capital paulista o maior número de pessoas confirmadas com Covid-19 do Brasil. Temos também universidades e institutos de pesquisa trabalhando dia e noite para produzir soluções. Testes eficientes, medicamentos para o tratamento da doença, equipamentos de proteção, respiradores mais baratos e estatísticas sobre a dinâmica de espalhamento do vírus, tudo isso foi gerado em poucos meses por centros de pesquisa brasileiros, em especial os paulistas, muitos deles localizados na capital.

Essa verdadeira “força-tarefa” que se organizou quase instantaneamente está agora sendo impulsionada pelos recursos públicos da FAPESP, mas é preciso mais. A cidade de São Paulo tem o maior orçamento do país e é a que mais tem se beneficiado da presença de tantas instituições de pesquisa em seu território, especialmente agora. Por isso, vamos trabalhar pelo aprofundamento da relação entre a Prefeitura de São Paulo e as instituições de pesquisa que estão localizadas no nosso território.

Já temos algumas propostas para a próxima gestão e convido todos a conhecê-las nas páginas da nossa pré-candidatura e contribuir conosco para construirmos este projeto com base nas contribuições científicas.

Esta é uma luta não só dos Cientistas Engajados, mas de todos nós para deter a barbárie em nosso país e e construir uma sociedade mais justa.

Hoje a luta é pela vida e pela Democracia!
Vamos vencer esta batalha juntos!
E conto com vocês nesta empreitada!


Um forte abraço,
Mariana Moura

domingo, 8 de novembro de 2020

Analisando as ultimas notícias sobre SARS-CoV-2 (primeira semana de novembro)


 Por: Professor e Biólogo Ricardo Santoro

Manter-se atualizado com as últimas notícias sobre o coronavírus pode ser um desafio. Para ajudar a mantê-lo informado, nós do Super Bate-Papo, com a orientação indispensável e essencial do professor Santoro compilamos uma pequena lista de notícias de destaque mundial da semana - essas são as que realmente chamaram nossa atenção.

Maior risco de coágulos sanguíneos


Um estudo publicado em 2 de novembro na revista Science Translational Medicine, pode explicar por que pacientes com COVID-19 têm maior risco de coágulos sanguíneos. A doença parece estimular a produção de anticorpos especiais conhecidos por desencadear coágulos sanguíneos.

Esses chamados "anticorpos autoimunes" ou "autoanticorpos" atacam os próprios tecidos de uma pessoa. Tipos específicos de autoanticorpos chamados "autoanticorpos antifosfolipídeos" atacam as células de forma a promover coágulos sanguíneos.

No estudo os pesquisadores detectaram esses autoanticorpos em cerca de metade dos pacientes hospitalizados com COVID-19.

Antes da pandemia de COVID-19, esses autoanticorpos eram normalmente observados em pessoas com um distúrbio autoimune conhecido como síndrome antifosfolipídeo ou APS. Esta síndrome afeta cerca de 1 em cada 2.000 pessoas e desencadeia coágulos sanguíneos perigosos nas artérias e veias de pacientes internados.

"Agora, estamos aprendendo que os autoanticorpos podem ser os culpados" nas complicações do COVID-19, disse em um comunicado o co-autor do estudo, Dr. Yogen Kanthi, professor assistente do Michigan Medicine Frankel Cardiovascular Center.


DINAMARCA VAI ELIMINAR SUA INTEIRA POPULAÇÃO DE VISON


A Dinamarca planeja abater toda a sua população de visons - mais de 15 milhões - após relatos de que uma mutação SARS-CoV-2 em visons estava se transferindo para humanos e ameaçando a eficácia de futuras vacinas, disse a primeira-ministra do país, Mette Frederiksen, durante uma imprensa conferência na quarta-feira (4 de novembro), de acordo com o The Guardian. Já houve 12 pessoas infectadas com o vírus mutado, disse Frederiksen.

 “Temos uma grande responsabilidade para com nossa própria população, mas com a mutação que agora foi encontrada, temos uma responsabilidade ainda maior para com o resto do mundo também”, disse Frederiksen, de acordo com a Reuters. A polícia, o exército e a guarda doméstica da Dinamarca - o maior produtor mundial de peles de vison - ajudarão no abate, disse Frederiksen, segundo a Reuters. Metade das 783 pessoas infectadas no norte da Dinamarca foram infectadas em fazendas, de acordo com o The Guardian. A Administração Veterinária e Alimentar dinamarquesa encontrou infecções por COVID-19 em mais de 200 fazendas de visons em todo o país, de acordo com o Guardian.

MULHER COM COVID-19 CONTINUA INFECCIOSA POR 70 DIAS


Uma mulher com COVID-19 no estado de Washington liberou partículas virais infecciosas por 70 dias, o que significa que ela foi contagiosa durante todo esse tempo, apesar de nunca ter apresentado sintomas da doença.

A mulher de 71 anos tinha um tipo de leucemia, ou câncer dos glóbulos brancos, e por isso seu sistema imunológico estava enfraquecido e menos capaz de limpar seu corpo do SARS-CoV-2. Embora os pesquisadores suspeitem que pessoas com sistema imunológico enfraquecido possam espalhar o vírus por mais tempo do que o normal, havia poucas evidências de que isso acontecesse, até agora.

As novas descobertas sugerem que "a liberação de vírus infeccioso em longo prazo pode ser uma preocupação em certos pacientes imunocomprometidos", escreveram os autores em seu artigo, publicado na quarta-feira (4 de novembro) na revista Cell.

"À medida que o vírus continua a se espalhar, mais pessoas com uma variedade de distúrbios imunossupressores serão infectadas, e é importante entender como o SARS-CoV-2 se comporta nessas populações", estudo o autor sênior Vincent Munster, virologista do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, disse em um comunicado.

TESTES RÁPIDOS  NÃO DETECTAM TODOS OS CASOS ASSIMTOMÁTICOS


Testes rápidos para COVID-19 estão sendo usados como uma maneira rápida de rastrear COVID-19, mas um novo estudo descobriu que esses testes geralmente perdem casos entre pessoas sem sintomas.

O estudo, da Universidade do Arizona, comparou os resultados dos testes rápidos com os testes de PCR, o último dos quais é um método de teste mais lento, mas mais sensível, de acordo com o The New York Times. O estudo constatou que um teste rápido feito pela empresa Quidel detectou mais de 80% das infecções por coronavírus que foram identificadas por testes de PCR; mas entre pessoas sem sintomas, o teste rápido detectou apenas 32% dos casos encontrados por PCR, relatou o Times.

Os testes Quidel são aprovados apenas para pessoas com sintomas, mas as autoridades dos EUA ainda incentivam o uso de tais testes para o rastreamento COVID-19 em pessoas assintomáticas.

Ricardo Santoro, Biólogo e pesquisador envolvido com questões epidemiológicas foi entrevistado pelo programa SBP na rádio Cantareira sobre o assunto e deu respostas adicionais e dicas de como combater o vírus em áreas pobres do Brasil.
Clique no link abaixo para ouvir sua entrevista.

Versos e a prosa proibidas pelas autoridades alemãs - Heine vive!

“Aqueles que queimam livros, acabam cedo ou tarde por queimar homens”


Christian Johann Heinrich Heine foi um poeta, escritor e crítico literário alemão. Ele é mais conhecido fora da Alemanha por sua poesia lírica inicial, que foi musicada na forma de lieder (canções de arte) por compositores como Robert Schumann e Franz Schubert. Os versos e a prosa posteriores de Heine são distinguidos por seu humor satírico e ironia. Suas opiniões políticas radicais levaram muitas de suas obras a serem proibidas pelas autoridades alemãs - o que, no entanto, só aumentou sua fama. É do poeta a famosa frase “Aqueles que queimam livros, acabam cedo ou tarde por queimar homens”.

A poesia alemã tomou um rumo mais diretamente político quando o novo Frederico Guilherme IV ascendeu ao trono prussiano em 1840. Inicialmente, pensava-se que ele poderia ser um "monarca popular" e durante o período de lua de mel de seu reinado inicial (1840-42) a censura foi relaxada . Isso levou ao surgimento de poetas políticos populares (os chamados Tendenzdichter), incluindo Hoffmann von Fallersleben (autor de Deutschlandlied, o hino alemão), Ferdinand Freiligrath e Georg Herwegh. Heine desprezava esses escritores por motivos estéticos - eles eram poetas ruins, em sua opinião -, mas seus versos dos anos 1840 também se tornaram mais políticos.

O modo de Heine era um ataque satírico: contra os reis da Baviera e da Prússia (ele nunca, por um momento, compartilhou a crença de que Frederico Guilherme IV pudesse ser mais liberal); contra o torpor político do povo alemão; e contra a ganância e crueldade da classe dominante. 

Em Paris, Heine conheceu e tornou-se amigo de Karl Marx, 20 anos mais novo. Essa amizade influenciou Heine ainda mais em sua literatura politicamente engajada, em que Heine critica a exploração do trabalho humano. Essa questão foi devidamente representada no poema Os tecelões de Silésia, baseado na revolta de tecelões em Peterswaldau de 1844, cujo ritmo remete ao som do trabalho mecânico do tear dos operários. O poema foi traduzido por Friedrich Engels, com quem Heine também firmou amizade, e foi publicado por ele no jornal inglês “The new moral World”, transformando-se no hino da Liga dos Comunistas em Londres.

Outra grande obra de Heine, marcada pelo seu teor político, é Alemanha, um conto de inverno, (Deutschland, ein Wintermärchen, no original) de 1844. Heine a escreva após sua viagem a Alemanha, em 1843. Nela o escritor faz, de modo irônico e sarcástico, uma crítica polêmica em relação à política, cultura e sociedade alemã.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

O Super Batepapo com a Juventude Trabalhadora do PCB

 

Juventude Trabalhadora de São Paulo em Luta


Igor Galvão e Raquel Luxemburgo apresentaram no SBP - Super Bate-Papo a pré-candidatura coletiva da Bancada da Juventude Trabalhadora de São Paulo. O coletivo pretende romper com as dificuldades enfrentadas pelos partidos da esquerda revolucionária e promover um projeto político construído por diversas mãos

O projeto coletivo é composto não somente por Raquel Luxemburgo e Igor Galvão, mas também Gabriel Tavares, e Bruno Bitencourt Kuraim. Juntos, eles pretendem unir os interesses dos jovens brasileiros, em especial aqueles que vivem em São Paulo.
Raquel Luxemburgo é formada em Química pela Universidade Federal da Bahia e professora de cursinho. Em sua fala de abertura, no dia 26 de julho, ela nos lembrou que o projeto comunista de mundo significa colocar o trabalhador como protagonista da transformação social. “Precisamos avançar para a superação das opressões e pela liberdade dos explorados e oprimidos”, pontou a pré-candidata.

“A cidade de São Paulo está partida pelo capitalismo”, declarou, Igor Galvão, outro integrante da bancada, que é estudante de Gestão de Políticas Públicas na Universidade de São Paulo. Ele lembra que não é possível pensar São Paulo sem levar em conta sua região metropolitana, onde reside grande parte dos trabalhadores da capital.


Acredite ou não, o terceiro integrante da bancada, estudante de Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, Gabriel Tavares sonha em ser professor da rede pública!!! Em sua exposição, ele apontou o dado de que são mais de 25 mil pessoas em situação de rua hoje na capital paulista. “É uma cidade com tantas casas e tão rica, mas com tanta desigualdade”, e lamentou tal fato. Bruno Bitencourt Kuraim, quer representar a pauta cultural. “Diversos bairros da cidade não têm biblioteca, cinema, museu ou nenhum equipamento público de cultura”, aponta. Ele lembra que existe um ataque ocorrendo contra os trabalhadores da cultura: entre 2018 e 2019 a Secretaria Municipal de Cultura reduziu em 10% o orçamento anual da pasta.

E é desse coletivo que nasce a bancada da juventude trabalhadora. “Fazemos a avaliação de que é necessário organizar a luta da juventude em torno de um projeto novo de sociedade, um projeto que radicalize a democracia através do poder popular, do poder do povo, que supere esse sistema baseado na exploração e na opressão”, conclui Igor.

Abaixo a transmissão feita pelo facebook


Para mais informações sobre o  projeto coletivo da Bancada da Juventude Trabalhadora de São Paulo.:
https://www.facebook.com/BancadaJTSP/
https://www.instagram.com/bancadajtsp/
Ou entre em contato:
igor.franca@usp.br
(11) 98813-0942

Algoritmo anunciou vitória de Biden em 03 de Novembro

Joe Biden detém uma liderança de 253-213 no Colégio Eleitoral, em 6 de novembro de 2020, mas ainda não acabou.  

Além do Arizona, Geórgia, Nevada e Pensilvânia, as corridas no Alasca e na Carolina do Norte ainda estão muito perto de serem anunciadas; no entanto, a previsão do SBP en 3 de novembro está sendo confirmada.

Gustavo Machado, (um PhD em ciência da computação que trabalha para o governo dos EUA, que  desenvolveu o algoritmo previu a vitória de Trump na eleição anterior, e agora, em 03/11/2020, a eleição de Biden para a presidência), foi entrevistado pela equipe da SBP no dia 4 de novembro. Quando questionado sobre como ele era capaz de prever a vitória de Biden, Gustavo disse: "Sr. presidente facilitou minha vida, porque criou uma segregação que permitiu à matemática determinar em que hora e tipo de dados entrando , cada lote conforme chegava era para determinar as probabilidades. Além disso, dados públicos e registro de eleitores tornaram mais fácil treinar, criar e determinar fórmulas que, em última análise, aumentaram essa probabilidade de previsão." Ele encontrou problemas para criar o algoritmo por que, segundo ele,  "A pré-votação desempenhou uma grande quantidade de dados computacionais sobre esta eleição e causou confusão, especialmente por que a maior porcentagem de eleitores pertence a somente um partido."


Todos os olhos voltados para o estado: a Pensilvânia

O estado que pode levar Biden a ultrapassar o limite de 270 votos necessários para ganhar a presidência, poderá concluir a maior parte de suas contagens pendentes na sexta-feira, disseram autoridades locais. O ex-vice-presidente está atrás do presidente Trump apenas por um pouco mais de 18.000 votos no estado de Keystone, depois de ter perdido em um ponto por mais de meio milhão de votos nas horas após o fechamento das urnas. Dezenas de milhares de votos - a maioria deles de áreas fortemente democratas, incluindo ao redor da Filadélfia - ainda precisam ser contados.

Corrida acirrada na Geórgia


Na Geórgia, outro estado que Trump não pode perder com seus 16 votos eleitorais, a vantagem de Biden na votação pelo correio o levou a 500 votos do presidente, já que os resultados chegaram do condado de Fulton, próximo a Atlanta, com 99% dos votos estaduais contagem relatada. Trump não consegue encontrar um caminho para 270 votos eleitorais sem a Geórgia e a Pensilvânia, então suas chances de garantir a reeleição dependerão dos acontecimentos nos dois estados nas próximas horas.


Trump monta estratégia legal agressiva


A equipe de Trump, buscando manter vivo seu estreito caminho para a vitória, lançou uma enxurrada de contestações jurídicas às vezes contraditórias e dispersas, sem apresentar evidências de irregularidades, exigindo que a contagem de votos continuasse em estados onde ele estava atrás e querendo que fossem encerrados, mesmo pela força , naqueles onde ele lidera.




quinta-feira, 5 de novembro de 2020

SUPER BATEPAPO ESTREIA COM BOULOS E PELÉ NA ESTILO WEBRÁDIO

 

UM ESPAÇO DEMOCRÁTICO COM NOTÍCIAS, ENTRETENIMENTO E INFORMAÇÃO

A Estilo é uma rádio jovem, moderna e antenada

A ESTILO - WEBRÁDIO está sediada em São Paulo, levando ao ar as notícias mais importantes do Brasil e do mundo, misturando, na dose certa, boa música e informação.

Com o objetivo de incentivar a diversidade artística (Nacional e Internacional), apoiando artistas consagrados e abrindo portas para os novos talentos, promovendo assim a cultura e a diversidade, o mais importante é se tornar uma referência de música de qualidade para os milhares de ouvintes amantes da música e ofertar conteúdo informativo de interesse para a cidadania.

BOULOS E PELÉ NA ESTRÉIA DO SUPER BATEPAPO


O programa traz entrevista com Guilherme Boulos que analisou a conjuntura eleitoral e expos os principais objetivos de sua candidatura.

Muito à vontade o representante do Psol na corrida pela prefeitura de São Paulo respondeu entre outras questões os ataques dos adversários á direita que tentam convencer o eleitorado que havendo uma vitória de Boulos suas casas seriam invadidas e destacou a importância da experiência de Luiza Erundina num eventual governo psolista.

Vale a pena conferir esse Super Batepapo com Guilherme Boulos que abre a participação do programa na  ESTILO WEBRÁDIO com a mesma pegada fiel a ideia de conversar com descontração sem perder a profundidade do assunto. 
O programa vai ao ar às 20:00hs apresentado em dois blocos como sempre entremeados com o papo reto com o biólogo Ricardo Santoro trazendo dicas sobre prevenção à Covid. O encerramento  dessa primeira parte determinada como SBP - Politica acontece às 21:00hs.


PELÉ 80/ANOS - O REI DO FUTEBOL


Nesse Programa o pessoal do Super Batepapo rememora a carreira de Pelé mostrando seus gols e comentando passagens de sua vida e o contexto dos acontecimentos. Por outro lado, debate seus posicionamento politico controverso e suas omissões em momentos duros para o povo brasileiro.
Na abertura uma poesia aborda a questão do Negro não só pela negritude de Pelé, já que o jogador embora nunca tenha se posicionado de maneira efetiva sobre a questão do racismo, não deixou de sofrê-lo na pele durante todo o tempo que esteve na ativa, mas também pelo mês da Consciencia Negra, que deve ser comemorado sempre que possível.

Pelé 80 anos - um rei em carne e osso é o segunda parte desse Super Batepapo de estreia integrando o bloco SBP- Esportes já que o programa busca sempre apresentar as discussões envolvendo quatro temas específicos: SBP - Cultura, SBP- Politica, SBP - Esportes e SBP - Sociedade. 
Há momentos muito interessantes especificamente nessa transmissão sobre Pelé que trazem a narração de seu milésimo Gol feita pelo próprio e suas últimas palavras como jogador profissonal de futebol proferidas num estadio de futebol americano adaptado para o esporte bretão: Love! Love! Love! 
Confira! Vale à pena! 

SÁBADO 20HS









Vale a pena aproveitar esse Super Batepapo

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