quinta-feira, 10 de outubro de 2024

TOMO MDCXXX - REJUVENESCER




Se há uma dor na minha geração, a geração de "68", ou a geração que derrotou a ditadura militar, que batemos no peito orgulhosos, realizamos diversas etapas de uma revolução cultural, principalmente, aquelas revoluções para as mulheres, inclusive suplantando aquela "asquerosa" tese: da "legitima da honra" que justificava milhares de feminicídios, com a não "inocentados" em julgamentos viciados.

Ainda que eu não seja uma pessoa religiosa, devo, por honestidade intelectual, começar todas nossas conversas registrando, para que não fique dúvida alguma. (Que grande parte das conquistas de minha geração, "aconteceu com a ajuda decisiva da igreja católica", que entre outras pastorais, tinha a de "FÉ E POLÍTICA".

Se nossas conquistas passam pela organização de setores da igreja católica, nossas derrotas, aquelas que permitiram a eleição do inimaginável, ou de uma situação, onde uma (inflencer digital bolzominium, "que têm milhões de seguidores" convencendo mulheres a ser submissa, vem hoje denunciar a marido, "também bolzominium" de violência doméstica).


O quadro acima, é apenas para registrar as consequências do atraso.


Nossas derrotas, passam não apenas pela evangelização, de setores numericamente importantes da sociedade, mas pelo conservadorismo embutido nesta evangelização.


Não pretendemos, "ao menos neste texto" entrar na reflexão religiosa", mas comentar sobre a inexistência de herdeiros, "politicamente falando", deixados por nossa geração.


Muito provavelmente, por uma questão de acharmos, que uma vez conquistada a liberdade de pensar, a geração subsequente, adquiria nossos sabores de forma imediata, só que não.


Se a questão" "é geracional", além de nossa geração, mesmo com os inegáveis avanços, também, muitas vezes, não conseguimos, "largar o osso", assim, não abrindo portas para nossa sucessão.


O sucesso musical, magistralmente interpretado pela pela mãe da "Maria Rita" COMO NOSSOS PAIS, é o melhor exemplo da nossa falta de transmissão de práticas de resistência "política/ideológica".


Poderíamos aqui, apenas acusar a extrema direita, principalmente, aquela ligada às forças militares, de ter arquitetado a volta ao poder, não só, em razão do bozo, ser um milico, ainda que expulso da caserna, ele trouxe para o governo, não só todas as bandalheiras que viveu, às sombras da repressão.


Nestas eleições municipais, a eleição de dezenas de jovens em partidos de esquerda, é um salutar exemplo, um exemplo, que apesar do número, não supera o trauma de ouvirmos qualquer fala do deputado "chupetinha". Lembrando, que não é uma crítica pessoal, ao péssimo exemplo, que o parlamentar representa.


Precisamos resgatar a parte esclarecida da militância religiosa, quer esta seja católica, ou evangélica, a questão, felizmente, não é de orientação religiosa, uma vez, que o Cristo, que é a razão do culto, foi um revolucionário a dois mil anos atrás, é impossível, imaginar assim, um cristão conservador.


P.S se cronologicamente falando, estou velho, não tenho o mesmo pik, para voltar a militância, com o mesmo gás de cinquenta anos atrás, a juventude, está convidada a ir a luta

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