Segundo Subianto, que atualmente é ministro da Defesa, não há razão para seu país não aderir ao grupo se a medida beneficiaria a economia.
Acrescentou que a possibilidade de se tornar membro dos BRICS não contrariaria os princípios não-bloco da Indonésia, uma vez que o grupo é de natureza econômica e não política.
“Fazemos parte do G20, fazemos parte também da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), agora fazemos parte da APEC (Cooperação Económica Ásia-Pacífico), que também não é uma associação geopolítica, mas sim uma união econômica … Então veremos, se os nossos interesses econômicos forem beneficiados, porque não aderir aos BRICS?” Subianto foi citado como tendo dito isso enquanto fazia campanha antes das eleições presidenciais marcadas para fevereiro.
O ministro sublinhou que a Indonésia sempre aspirou seguir uma política externa independente. Enfatizou que a economia do país depende muito do comércio, o que torna crucial que quaisquer decisões políticas sejam guiadas antes de mais pelos interesses econômicos.
Atualmente, os BRICS compreendem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mas a eles se juntarão Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos em janeiro. Com base nas estimativas dos analistas, o grupo expandido (BRICS+) já é economicamente maior que o G7, uma aliança de países industrializados e desenvolvidos que consiste nos EUA, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Japão.
Em 2022, os países BRICS+ representavam 36% da economia global contra 30% do G7. De acordo com uma previsão da Bloomberg publicada na semana passada, a percentagem dos BRICS+ deverá continuar a aumentar, saltando para 45% em 2040, em comparação com 21% para as economias do G7.
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