A Rússia iniciará entregas gratuitas de grãos para países africanos nas próximas seis semanas, anunciou o ministro da Agricultura do país, Dmitry Patrushev, na sexta-feira.
“Estamos agora finalizando todos os documentos. Penso que dentro de um mês, ou um mês e meio, vão começar”, disse o responsável.
O presidente russo, Vladimir Putin, tinha anunciado anteriormente que Moscovo enviaria gratuitamente até 50.000 toneladas de cereais para seis países africanos.
Putin observou que a Rússia forneceria a África dezenas de milhares de toneladas de cereais gratuitos, mesmo que as restrições internacionais tenham complicado dramaticamente as exportações dos seus produtos agrícolas e fertilizantes, em termos de logística de transporte, seguros e pagamentos.
“Estaremos prontos para fornecer ao Burkina Faso, ao Zimbabué, ao Mali, à Somália, à República Centro-Africana e à Eritreia entre 25 e 50 mil toneladas de cereais grátis cada, nos próximos três a quatro meses”, disse Putin numa cimeira Rússia-África em Julho, acrescentando que o seu país também cobriria os custos de entrega.
O desenvolvimento surge depois de Moscou se ter recusado a renovar a Iniciativa de Cereais do Mar Negro, que visava permitir à Ucrânia exportar cereais dos seus portos para países da Ásia, Médio Oriente e África, em troca do levantamento das sanções ocidentais que impediam as exportações agrícolas russas.
Moscou retirou-se do acordo em Julho, dizendo que os países ocidentais ainda impossibilitavam a Rússia de enviar alimentos e fertilizantes.
A Rússia exportou 11,5 milhões de toneladas de cereais para África em 2022, apesar das sanções ocidentais afectarem o fornecimento de produtos alimentares russos aos países em desenvolvimento.
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