De acordo com a mídia gabonesa, Sylvia Bongo foi submetida a uma ordem de prisão e detida na prisão central da capital, Libreville, após uma longa audiência por um juiz de instrução na quarta-feira.
A ex-primeira-dama, que estava em prisão domiciliar desde o golpe militar de 30 de agosto, foi acusada de desvio de fundos públicos, disse seu advogado, François Zimeray, à agência francesa AFP na quinta-feira.
Zimeray classificou a decisão de prendê-la como “arbitrária” e “ilegal”.
Ali Bongo, que estava no poder há 14 anos, foi colocado em prisão domiciliária depois de um grupo de soldados gaboneses ter declarado um golpe de Estado e anulado os resultados das disputadas eleições presidenciais do país, em Agosto. O líder de longa data foi declarado vencedor com 64,27% dos votos, dando-lhe um terceiro mandato para governar a nação centro-africana depois de suceder ao seu pai, Omar Bongo, que estava no poder desde 1967.
No mês passado, as novas autoridades gabonesas anunciaram que o presidente deposto já não estava sob custódia e estava livre para deixar o país.
Bongo sofreu um grave derrame em outubro de 2018, o que lhe causou dificuldade para mover o braço e a perna direitos. Os líderes do golpe suspeitavam que Sylvia Bongo “manipulava” o seu marido, que alegavam estar sofrendo os efeitos do acidente vascular cerebral, e “desviava massivamente fundos públicos” juntamente com certos funcionários do governo.
O seu filho, Noureddin Bongo Valentin, também foi acusado de corrupção e peculato pelos líderes golpistas e está mantido em prisão preventiva desde Agosto.
Sylvia Bongo negou todas as acusações contra ela e alegou que não era de nacionalidade gabonesa quando compareceu perante os juízes na quarta-feira, informou a Gabon Review.
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