quinta-feira, 8 de junho de 2023

Quênia funda memorial em Local de genocídio promovido por Pastor Evangélico


A medida lembrará os cidadãos sobre os atos bárbaros cometidos na floresta de Shakahola, disse o ministro do gabinete de Nairóbi.

O governo queniano pretende transformar a floresta de Shakahola, onde foram desenterrados os restos mortais de mais de 200 seguidores de um culto cristão, em um memorial nacional, anunciou o secretário do Gabinete do Interior, Kithure Kindiki.

Kindiki, que se juntou aos investigadores para a terceira fase da exumação na terça-feira, afirmou que a cena de “crimes graves” será transformada em “um local de lembrança para que os quenianos e o mundo não se esqueçam do que aconteceu”. Ele acrescentou que isso será feito assim que todos os corpos forem recuperados, pois acredita-se que mais de 600 pessoas ainda estejam desaparecidas.

Segundo Kindiki, a equipe de investigação coletou “evidências suficientes e confiáveis” para construir um forte caso de genocídio e crimes contra a humanidade cometidos pelo pastor Paul Mackenzie e seus cúmplices.

Kithure Kindiki

Mackenzie foi preso em abril por supostamente ordenar que seus seguidores jejuassem até a morte para “encontrar Jesus”. Centenas de corpos foram desenterrados de covas rasas espalhadas por sua propriedade de 800 acres, localizada no condado costeiro de Kilifi.

Até o mês passado, a polícia disse que 26 prisões foram feitas em conexão com as mortes e 91 pessoas foram resgatadas desde o início da operação em abril.

Exames post-mortem de mais de 100 corpos revelaram que a maioria das vítimas, incluindo crianças, morreu de fome. Alguns também morreram por estrangulamento e ferimentos causados por objetos contundentes, sugeriram relatórios de autópsia.

Pastor Evangélico Genocida, Paul Mackenzie

Kindiki disse que as investigações revelaram que Mackenzie “estendeu suas atividades criminosas além da parcela de terra de 800 acres na floresta Shakahola”, incluindo o maior rancho Chakama de 37.000 acres.

A construção de estradas de segurança nos mais de 37.000 acres da fazenda Chakama começou para facilitar investigações abrangentes, metódicas e científicas e facilitar os esforços de busca e resgate, bem como a identificação de sepulturas”, acrescentou.

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