O governo queniano pretende transformar a floresta de Shakahola, onde foram desenterrados os restos mortais de mais de 200 seguidores de um culto cristão, em um memorial nacional, anunciou o secretário do Gabinete do Interior, Kithure Kindiki.
Kindiki, que se juntou aos investigadores para a terceira fase da exumação na terça-feira, afirmou que a cena de “crimes graves” será transformada em “um local de lembrança para que os quenianos e o mundo não se esqueçam do que aconteceu”. Ele acrescentou que isso será feito assim que todos os corpos forem recuperados, pois acredita-se que mais de 600 pessoas ainda estejam desaparecidas.
Segundo Kindiki, a equipe de investigação coletou “evidências suficientes e confiáveis” para construir um forte caso de genocídio e crimes contra a humanidade cometidos pelo pastor Paul Mackenzie e seus cúmplices.
Kithure Kindiki |
Mackenzie foi preso em abril por supostamente ordenar que seus seguidores jejuassem até a morte para “encontrar Jesus”. Centenas de corpos foram desenterrados de covas rasas espalhadas por sua propriedade de 800 acres, localizada no condado costeiro de Kilifi.
Até o mês passado, a polícia disse que 26 prisões foram feitas em conexão com as mortes e 91 pessoas foram resgatadas desde o início da operação em abril.
Exames post-mortem de mais de 100 corpos revelaram que a maioria das vítimas, incluindo crianças, morreu de fome. Alguns também morreram por estrangulamento e ferimentos causados por objetos contundentes, sugeriram relatórios de autópsia.
Pastor Evangélico Genocida, Paul Mackenzie |
Kindiki disse que as investigações revelaram que Mackenzie “estendeu suas atividades criminosas além da parcela de terra de 800 acres na floresta Shakahola”, incluindo o maior rancho Chakama de 37.000 acres.
“A construção de estradas de segurança nos mais de 37.000 acres da fazenda Chakama começou para facilitar investigações abrangentes, metódicas e científicas e facilitar os esforços de busca e resgate, bem como a identificação de sepulturas”, acrescentou.
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