Irã entra para o clube hipersônico prometendo utilizar nova tecnologia como poder de dissuasão

 

O novo míssil aumentará o “poder de dissuasão” de Teerã contra rivais, disse o presidente do país.

O Irã revelou um novo míssil hipersônico que afirma poder viajar a velocidades de até Mach 15. O presidente Ebrahim Raisi afirmou que a nova arma ajudará a garantir a “segurança duradoura” na região.

Apelidado de “Fattah”, que significa “Conquistador” em farsi, o míssil foi anunciado na terça-feira, dia 6 de junho, por altos funcionários em um evento em Teerã. Eles declararam que o projétil seria o primeiro de uma nova geração de armas para as forças iranianas, de acordo com relatos da mídia local.

“Hoje sentimos que o poder de dissuasão está formado. Este poder é uma âncora de segurança e paz duradouras para os países da região”, disse o presidente Raisi na cerimônia.

O brigadeiro-general Amir Ali Hajizadeh, que chefia a Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária Islâmica de elite, também compartilhou detalhes sobre a arma, afirmando que ela tinha um alcance máximo de cerca de 1.400 km (870 milhas). Embora as autoridades não tenham compartilhado nenhuma filmagem do Fattah atingindo um alvo com sucesso, Hajizadeh disse que o motor do míssil passou por um teste de solo sem problemas.Ebrahim Raisi afirmou que a nova arma ajudará a garantir "segurança duradoura" na região.

“Não existe nenhum sistema que possa rivalizar ou combater este míssil”, afirmou o general.

Ele passou a exibir um modelo do Fattah no palco, parecendo mostrar que o míssil tem um bocal de foguete móvel, possivelmente permitindo que ele mude de curso no meio do vôo para escapar das defesas aéreas inimigas.

O anúncio de terça-feira veio pouco depois de Teerã dizer que reabriria sua missão diplomática na Arábia Saudita após anos de hostilidade com o reino do Golfo, e coincidiu com a última viagem do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Riad.

Comandante Amir Ali Hajizadehm da Força Aeroespacial do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica

Hajizadeh inicialmente afirmou que a República Islâmica havia desenvolvido sua própria arma hipersônica no final do ano passado, embora não oferecesse nenhuma evidência para a afirmação na época e compartilhasse poucos detalhes sobre o sistema. Até o momento, apenas um pequeno punhado de nações conseguiu colocar em campo munições hipersônicas com sucesso, dada a tecnologia avançada envolvida, incluindo os EUA, a Rússia e a China.