Falando na reunião de defesa Shangri-La Dialogue em Cingapura, Prabowo compartilhou seu plano multiponto, que incluiria um cessar-fogo e o estabelecimento de uma zona desmilitarizada, com Rússia e Ucrânia recuando 15 km (quase 10 milhas) de suas respectivas posições avançadas.
O ministro da Defesa enfatizou que a zona desmilitarizada deve ser monitorada por uma força de paz das Nações Unidas. Além disso, ele sugeriu a realização de um referendo patrocinado pela ONU no território em disputa para determinar objetivamente os desejos da maioria dos habitantes. Ele não especificou as regiões às quais se referia.
"Eu proponho que o Diálogo Shangri-La encontre um modo de dar... declaração voluntária instando tanto a Ucrânia quanto a Rússia a iniciar imediatamente as negociações para a paz", disse Prabowo.
Durante o mesmo painel de discussão, Josep Borrell, alto representante e vice-presidente da Comissão Europeia, reconheceu que o fim do apoio militar à Ucrânia levaria a uma rápida conclusão da guerra. No entanto, ele alertou contra tal movimento, pois poderia resultar no comprometimento da soberania do país pela força externa.
“Precisamos trazer a paz para a Ucrânia”, mas deve ser uma “paz justa, não uma paz de rendição”, disse Borrell, comentando a proposta indonésia.
A iniciativa de paz da Indonésia segue a visita do presidente Joko Widodo a Moscou e Kiev no ano passado, durante a qual ele se ofereceu para mediar as negociações de paz entre os dois líderes. O presidente Widodo, que presidia o grupo G20 das principais economias na época, expressou sua vontade de atuar como um mediador da paz.
Apesar de votar a favor de uma resolução das Nações Unidas denunciando a ofensiva da Rússia na Ucrânia, a Indonésia se absteve de impor sanções econômicas a Moscou.
Em fevereiro deste ano, a China também apresentou um plano de paz de 12 pontos para a Ucrânia. O documento reafirmou amplamente as posições declaradas de Pequim sobre o conflito na Ucrânia, enfatizando a importância do diálogo, o respeito à soberania territorial de todas as nações e a cessação das sanções econômicas. O plano exortava todas as partes envolvidas a evitar qualquer escalada envolvendo armas nucleares. Notavelmente, no entanto, não propôs ou sugeriu a retirada das forças russas da região.
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