ECONOMIA DE MERCADO E LIVRE CONCORRÊNCIA, PERO NO MUCHO! Huawei sofre restrições na UE

A UE está considerando uma proibição obrigatória para os estados membros que usam equipamentos do grupo chinês de telecomunicações Huawei em suas redes 5G, informou o Financial Times na quarta-feira, citando autoridades com conhecimento das discussões.

Há preocupações crescentes de alto nível em Bruxelas de que alguns países da UE não estão tomando medidas suficientes sobre o assunto, considerado um risco à segurança, disseram as autoridades à agência.

O relatório citou o comissário de mercado interno da UE, Thierry Breton, dizendo aos ministros de telecomunicações do bloco na semana passada que apenas um terço dos estados membros da UE proibiu a Huawei de partes críticas das comunicações 5G do bloco.

“Isso é muito pouco. E expõe a segurança coletiva do sindicato”, disse Breton.

Em 2020, os membros da UE concordaram com algumas recomendações para excluir fornecedores de alto risco de investimentos em tecnologia, desde requisitos de certificação até diversificação de fornecedores. O acordo resultou da crescente preocupação da UE sobre sua dependência tecnológica da China.

Dinamarca, Suécia, Estónia, Letónia e Lituânia já baniram a empresa das suas infraestruturas 5G, enquanto Portugal se prepara para banir a Huawei de alguns dos seus equipamentos 5G. A Alemanha disse no início deste ano que estava revisando o uso de componentes chineses em sua infraestrutura 5G e se era necessária uma mudança na lei. Fora da UE, o Reino Unido também barrou a gigante tecnológica chinesa de sua rede móvel de quinta geração.

Enquanto isso, a Huawei negou representar qualquer perigo, dizendo que se opõe à politização da segurança cibernética.

“Avaliar os riscos de segurança cibernética sem aderir a padrões tecnológicos, ou excluir fornecedores específicos do sistema sem a devida avaliação tecnológica, é uma violação dos princípios de justiça e não discriminação, e também contra as leis e regulamentos da União Europeia e seus membros estados”, afirmou a empresa.

“Nenhum tribunal jamais concluiu que a Huawei se envolveu em roubo de propriedade intelectual malicioso ou exigiu que a Huawei pagasse indenização por violação de propriedade intelectual de terceiros”, enfatizou a empresa chinesa.

A Comissão Europeia deve apresentar um relatório na próxima semana sobre o progresso em todo o bloco na implementação das recomendações de segurança.