quarta-feira, 31 de maio de 2023

ESTADISTAS DO ARAQUISTÃO: Zelensky e Macron planejam uma paz singular que não envolve a concordância de Putin


O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e seus apoiadores da Europa Ocidental estão organizando uma cúpula para obter apoio ao plano de paz de Kiev, informou o Wall Street Journal na quarta-feira, dia 31 de maio. 
O plano foi considerado inaceitável pela Rússia, enquanto o documento foi recebido com indiferença por líderes não ocidentais. 

O presidente francês Emmanuel Macron se ofereceu para sediar a cúpula em Paris, enquanto a Dinamarca e a Suécia também se apresentaram como anfitriões, informou o jornal. Embora nenhuma lista de convidados tenha surgido, as autoridades europeias teriam entrado em contato com potências como Brasil, Índia, China ou outros países não ocidentais, com um diplomata anônimo afirmando que “nenhum russo” seria convidado, “mas todos os outros serão bem-vindos.”

Exigimos um plano unificado do mundo civilizado responsável que realmente deseja viver em paz”, disse o chefe de gabinete de Zelensky, Andrey Yermak, ao Wall Street Journal.

Andrey Yermak

A Rússia já rejeitou enfaticamente o chamado plano de ritmo da Ucrânia. Publicado no final do ano passado, o plano exige que a Rússia devolva os territórios de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye a Kiev, ao mesmo tempo em que abre mão do controle da Crimeia, que votou esmagadoramente para se juntar à Federação Russa em 2014. O plano também exige que a Rússia pagar reparações à Ucrânia e entregar seus funcionários para enfrentar tribunais internacionais.

É altamente improvável que uma cúpula para a qual a Rússia não seja convidada, organizada por países que atualmente financiam o exército ucraniano, mude alguma opinião no Kremlin. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou na semana passada que o plano ucraniano envolve essencialmente “a capitulação da Rússia”.

As autoridades da UE estão cientes disso e disseram ao Wall Street Journal que planejam diluir o plano da Ucrânia para “torná-lo mais aceitável” para potências não ocidentais como Brasil, China, Índia e Arábia Saudita, se não para a própria Rússia. 


Yermak reconheceu que o processo de paz “não é possível sem o mundo inteiro, incluindo os líderes do Sul Global”, e Zelensky recentemente fez aberturas para o mundo não ocidental, fora da NATO dirigindo-se à Liga Árabe na Arábia Saudita este mês e conversando com chineses Presidente Xi Jinping no mês anterior.

No entanto, essa divulgação às vezes parece desajeitada, com Zelensky acusando os membros da Liga Árabe de sucumbir à “influência russa”, antes de pular uma reunião com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do G7 no Japão. No mês passado, o principal conselheiro de Zelensky, Mikhail Podoliak, exigiu que a China “fizesse uma escolha” de apoiar a Ucrânia e o Ocidente ou “perder sua influência” nos assuntos mundiais.


A China divulgou seu próprio plano de paz de 12 pontos, que apesar de ter sido rejeitado pelos EUA e seus aliados da OTAN, encontrou aceitação em grande parte do mundo, incluindo a Rússia. Lula apoiou o plano de Pequim, enquanto uma coalizão de líderes africanos instou a Ucrânia a concordar com um cessar-fogo seguido de negociações de paz, o que Kiev se recusou a fazer a menos que as tropas de Moscou se retirassem para as fronteiras pré-conflito da Rússia.

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