O rompimento das relações diplomáticas com o Reino Unido seria uma “medida extrema”, mas Moscou pode acabar dando o passo considerando o envolvimento significativo de Londres no conflito da Ucrânia, alertou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
O Wall Street Journal informou na semana passada que “as forças especiais do Reino Unido dos regimentos SAS e SRR do Exército Britânico e as unidades SBS da Marinha estão operando muito perto das linhas de frente” na Ucrânia. O pessoal britânico não está diretamente envolvido na luta com as tropas russas, “mas sua influência orientadora na atividade das forças especiais ucranianas é evidente nas operações terroristas de sabotagem que a Ucrânia conduziu contra a ferrovia russa, aeródromo, combustível e outros nós logísticos”, afirmou a agência dos EUA.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia foi solicitado a comentar o artigo, se Moscou poderia verificar as alegações do WSJ e, se confirmadas, se isso poderia levar ao rompimento das relações com a Grã-Bretanha.
Em resposta na sexta-feira, dia 26 de maio, o ministério disse estar “bem ciente dos esforços consistentes de Londres com o objetivo de fornecer assistência militar ao regime neonazista em Kiev”.
O apoio do Reino Unido inclui o fornecimento de equipamentos militares produzidos internamente e estrangeiros para a Ucrânia, o treinamento de tropas ucranianas na Grã-Bretanha e em outros lugares da Europa, compartilhamento de inteligência, apoio de consultoria e “provável participação no planejamento tático-operacional pelos militares [ucranianos], incluindo sabotagem, outras operações, provisão direta de segurança cibernética [e] implantação de mercenários”, dizia o comunicado do ministério.
“Não podemos descartar que os britânicos tenham participado do planejamento, organização e apoio aos ataques terroristas realizados pelo regime de Kiev no território da Rússia, inclusive por meio do fornecimento de informações de inteligência”, acrescentou.
“Não podemos descartar que os britânicos tenham participado do planejamento, organização e apoio aos ataques terroristas realizados pelo regime de Kiev no território da Rússia, inclusive por meio do fornecimento de informações de inteligência”, acrescentou.
A Rússia se reserva o direito de responder a tal conduta do Reino Unido no momento e local de sua escolha, acrescentou o ministério, afirmando que “toda a responsabilidade pelas consequências das atividades destrutivas de Londres recai inteiramente sobre os mentores e perpetradores desses atos imprudentes”.
Sobre o possível rompimento de relações diplomáticas com Londres, “esta é obviamente uma medida extrema que não pode ser descartada quando se leva em conta a totalidade de todos os fatores”, alertou o ministério.
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