O relatório mais recente do Der Spiegel indica que os metadados de um e-mail enviado para perguntar sobre o aluguel do iate “levam à Ucrânia”. O presidente de uma suposta empresa de fachada por meio da qual o iate foi alugado também mora em Kiev, segundo as emissoras alemãs NDR e WDR, bem como outras fontes da mídia no país da UE.
Der Spiegel também afirmou na sexta-feira que os investigadores estavam investigando se o ataque poderia ter sido realizado por um grupo independente de comandos ucranianos, ou se a sabotagem provavelmente teria sido autorizada por Kiev. O governo ucraniano, entretanto, negou todas as ligações com as explosões.
Até o momento, nenhum grupo – órgão estatal ou não – assumiu a responsabilidade pelas explosões de setembro, que ocorreram logo depois que Moscou reduziu o fornecimento de gás para a Europa após a implementação de uma onda de sanções ocidentais à Rússia por causa de sua operação militar na Ucrânia.
Em fevereiro, o jornalista investigativo vencedor do Prêmio Pulitzer, Seymour Hersh, detalhou em um extenso relatório evidências que ele alegou ligar Washington aos ataques, que ele disse terem sido conduzidos em conjunto com dados na Noruega.
Moscou – que foi acusada de orquestrar as explosões como um evento de “bandeira falsa” por alguns no Ocidente – convocou na quinta-feira os embaixadores da Alemanha, Suécia e Dinamarca em protesto contra o que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia chamou de “completa falta de resultados” em uma investigação sobre a origem das explosões.
“Foi observado que esses países não estão interessados em estabelecer as verdadeiras circunstâncias dessa sabotagem”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Moscou na quinta-feira, acrescentando que os investigadores estão atrasando seus esforços e tentando “ocultar os rastros” dos verdadeiros perpetradores.
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