Diversos noticiários internacionais começaram a enviar agentes ao Brasil para noticiar em primeira mão a esperada prisão de Bolsonaro a qualquer momento.
Segundo a CNN USA, a afiliada CNN Brasil vem cobrindo a investigação criminal de Bolsonaro. A Polícia Federal brasileira prendeu um dos assessores mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros dois, em conexão com a investigação de uma quadrilha que supostamente falsificou dados sobre cartões de vacinação da Covid-19, segundo a afiliada no Brasil.
Dezesseis mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão também foram cumpridos, disse a polícia em um comunicado. O político de direita negou qualquer irregularidade enquanto conversava com jornalistas depois.
A Reuters informou que a investigação pode responder a perguntas sobre como Bolsonaro, um estridente cético do coronavírus que jurou nunca tomar uma vacina COVID, foi registrado como vacinado em registros de saúde divulgados em fevereiro.
O New York Times informou que os cartões de vacina falsificados podem ter permitido que Bolsonaro e seus assessores contornassem as restrições de viagem aos EUA impostas no auge da pandemia de coronavírus, disseram os investigadores.
Certificados falsos de vacina podem ter sido emitidos para Bolsonaro, sua filha de 12 anos, Laura, e outros altos funcionários de seu governo, segundo as autoridades brasileiras. A polícia disse que os registros de vacinação foram falsificados entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.
A Aljazeera informou que, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, foram registradas aproximadamente 700.000 mortes por coronavírus no Brasil – o segundo maior número de mortes no mundo depois dos EUA – e o governo de Bolsonaro enfrentou críticas e grandes protestos por sua forma de lidar com a pandemia.
Falando a repórteres do lado de fora de sua casa após a operação de quarta-feira, Bolsonaro disse que ficou “surpreso” com a busca e reiterou que nunca levou uma vacina.
“De minha parte, não houve falsificação de nada. Eu não tomei a vacina. Ponto final”, disse ele, acrescentando que a polícia apreendeu seu celular.
A RT publicou que Bolsonaro, que perdeu a eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva no ano passado, fugiu da posse de seu rival de esquerda, partindo para os EUA no final de dezembro. Ele ficou na Flórida por três meses e voltou para seu país natal em março.
O ex-presidente enfrenta várias outras investigações ligadas a suas denúncias de fraude eleitoral, suspeita de desvio de doações estrangeiras e a suposta instigação de seus apoiadores para invadir prédios do governo em Brasília em janeiro deste ano, entre outras coisas.
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