Um hipopótamo descendente dos habitantes do zoológico particular do rei da cocaína Pablo Escobar morreu após ser atropelado por um SUV enquanto atravessava uma rodovia no noroeste da Colômbia, disseram autoridades ambientais à Associated Press na quarta-feira, 12 de abril.
Um dos mais de cem hipopótamos que agora vagam pelo interior da Colômbia, a fera morreu quase que imediatamente após a colisão, deixando os ocupantes do veículo ilesos.
Escobar importou vários hipopótamos de um zoológico americano na década de 1980, acrescentando-os à coleção de cangurus, girafas, elefantes e outros animais exóticos que mantinha em sua propriedade Hacienda Napoles. O zoológico foi transformado em atração turística depois que o barão da droga foi morto em um tiroteio em 1993 e, embora muitos dos animais tenham sido realocados, os hipopótamos - muito grandes e indisciplinados para se mover facilmente - simplesmente se multiplicaram.
Sem predadores naturais, eles podem ser encontrados vagando pelo campo – e pelas rodovias ao redor.
“Este é um dos muitos perigos que a presença desta espécie representa”, disse David Echeverri Lopez, biólogo da autoridade ambiental Cornare, explicando que “muitos deles atravessam a estrada por onde passam muitos veículos”.
“Também é um perigo para as pessoas”, disse ele, observando que “os hipopótamos são imprevisíveis, a qualquer momento eles podem atacar uma pessoa”.
As criaturas, que podem pesar mais de 2 toneladas, foram declaradas uma espécie invasora na Colômbia no ano passado, e seu número é estimado em cerca de 130. Autoridades ambientais temem que possa haver mais de 400 hipopótamos atravessando o interior da Colômbia em oito anos. , observando que seu livre movimento e defecação nos rios locais podem alterar a composição das águas e colocar em risco outros animais selvagens que chamam a área de lar, como os peixes-boi.
No entanto, esterilizar os hipopótamos é extremamente caro, chegando a US$ 8.000 por hipopótamo, e a oposição local a matá-los é intensa. Echeverri Lopez disse que eles se tornaram tão queridos pelos habitantes locais que pode ser impossível impor uma solução final. Um ecologista autor de um estudo de 2021 alertando que a multiplicação descontrolada dos hipopótamos poderia prejudicar gravemente a biodiversidade da área e custar vidas humanas, disse que as pessoas rejeitaram suas conclusões, chamando-a de “assassina”.
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