domingo, 30 de abril de 2023

Documentos vazados mostram que BRICS e outros estados resistem à pressão dos EUA por posição contra a Rússia


Os principais estados não ocidentais estão tentando ficar de fora do impasse entre Washington, Moscou e Pequim, conforme os documentos vazados sugerem.

Índia, Brasil, África do Sul E Paquistão - e várias outras economias emergentes - rejeitaram as tentativas americanas de alistá-los na luta contra a Rússia em meio ao conflito na Ucrânia, informou o Washington Post, citando arquivos vazados do Pentágono.

De acordo com documentos confidenciais da inteligência dos EUA, que os investigadores acreditam ter sido divulgados online pelo militar da Guarda Aérea Nacional dos EUA, Jack Teixeira, a Índia não tem intenção de tomar partido no impasse sobre a Ucrânia, informou o jornal no sábado, dia 29 de abril.

Um dos documentos vistos pelo Post sugere que durante uma reunião em fevereiro, o Conselheiro de Segurança Nacional da Índia, Ajit Kumar Doval, disse ao Secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolay Patrushev, que Nova Délhi estava resistindo à pressão para apoiar uma resolução da ONU apoiada pelo Ocidente sobre Ucrânia. A Índia “não se desviaria da posição de princípio que havia assumido no passado”, Doval supostamente assegurou ao oficial russo.

Outro arquivo vazado sugere que o Brasil está mais interessado em desempenhar um papel de mediação no conflito do que em apoiar Washington e seus aliados. A Rússia é favorável à ideia de um “bloco de paz mundial” para resolver a crise na Ucrânia, apresentada pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva durante sua visita à China no início deste mês. Moscou acredita que isso neutralizaria a narrativa de “agressor-vítima” do Ocidente sobre Kiev, de acordo com o documento.


No final de fevereiro, o Brasil deu as boas-vindas a dois navios de guerra do arqui-inimigo dos Estados Unidos, o Irã, com um dos arquivos sugerindo que Lula provavelmente permitiu a escala do porto “para reforçar sua reputação como mediador global e polir a imagem do Brasil como uma potência mundial neutra”.

Os vazamentos também revelaram que, quando o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visitou a África do Sul no ano passado e levantou a questão da Ucrânia, as autoridades locais disseram a ele que Pretória não seria “intimidada” a tomar decisões que vão contra seus interesses, escreveu o Washington Post.


Um arquivo de inteligência de 17 de fevereiro supostamente descrevia discussões entre o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, e seu subordinado sobre uma próxima votação da ONU sobre a Ucrânia. Ele disse que o assessor apontou para o primeiro-ministro que o apoio à resolução patrocinada pelo Ocidente sinalizaria uma mudança na posição de Islamabad, após sua abstenção anterior em um projeto semelhante.   Tal movimento colocaria em risco importantes acordos comerciais e de energia com a Rússia, alertou ele, conforme citado pelo Post. O Paquistão estava entre as 23 nações que se abstiveram quando a votação na Assembleia Geral da ONU ocorreu uma semana depois.

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