Os exercícios, apelidados de United Sharp Sword, são “um sério aviso para as forças separatistas de independência de Taiwan e conluio e provocação de forças externas”, disse o Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA) em um comunicado.
No primeiro dia, as forças chinesas ensaiaram o cerco de Taiwan, assumindo o controle do mar, ar e comunicações, informou a emissora CCTV. Criou-se uma situação repressiva, em que a ilha foi cercada por todos os lados, acrescenta o comunicado.
O jornal Global Times identificou parte do hardware envolvido depois de ver as imagens dos exercícios. Incluía lançadores de foguetes múltiplos PHL-191, um contratorpedeiro Tipo 052C, barcos com mísseis Tipo 22, mísseis anti-navio terrestres YJ-12B, jatos de combate J-10C, um avião de alerta precoce KJ-500, um avião-tanque YU-20 , e mísseis balísticos convencionais DF-11.
O Ministério da Defesa de Taiwan disse ter detectado 42 aeronaves chinesas e oito navios ao redor da ilha no sábado. Segundo o ministério, 29 desses jatos cruzaram a linha mediana, uma fronteira não oficial entre Taiwan e o continente, pois estavam “tentando coerção”.
Pequim usou a viagem de Tsai aos EUA “como desculpa para realizar exercícios militares, que prejudicaram gravemente a paz, a estabilidade e a segurança regionais”, afirmou Taipei.
As conversas com McCarthy na Califórnia na quarta-feira foram o segundo encontro do presidente taiwanês com um presidente da Câmara dos EUA em menos de um ano. Uma visita de Nancy Pelosi a Taipei em agosto passado causou um grande aumento nas tensões entre Pequim e Washington e viu a China realizar seus maiores exercícios militares de todos os tempos no Estreito de Taiwan.
Taiwan faz parte do território da China. A ilha, que é autogovernada desde 1949, nunca declarou oficialmente a independência de Pequim.
Pequim se opõe vigorosamente aos contatos de Taipei com Washington. Oficialmente, os EUA estão comprometidos com a política uma única China, que segue a posição de Pequim de que Taiwan é parte integrante do território chinês. No entanto, Washington também vendeu armas e equipamentos militares para a ilha e prometeu defender Taiwan militarmente no caso de um ataque do continente.
O Ministério das Relações Exteriores da China alertou na quarta-feira que a questão de Taiwan é “a primeira linha vermelha que não deve ser cruzada nas relações China-EUA”.
RECOMENDAÇÃO DO SBP
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