John Kirby |
White House lashes out at Brazil over Ukraine |
Durante sua visita à China na semana passada, Lula disse que “os EUA precisam parar de encorajar a guerra e começar a falar em paz. A União Europeia precisa começar a falar sobre paz.”
O político de esquerda, que voltou como presidente brasileiro após suceder o político de extrema direita Jair Bolsonaro no início de 2023, também sugeriu que o status da Crimeia deveria ser discutido durante as negociações entre Moscou e Kiev. Lula também se ofereceu para fazer parte do grupo de mediação de um acordo de paz.
Quando solicitado a comentar essas declarações na segunda-feira, Kirby disse que “neste caso, o Brasil está repetindo a propaganda russa e chinesa sem olhar para os fatos”.
“Obviamente, queremos que a guerra acabe. Isso poderia acontecer agora, hoje, se o Sr. Putin unilateralmente parasse de atacar a Ucrânia e retirasse as tropas [da Rússia]”, disse ele, reiterando a posição de Washington sobre o assunto.
Quanto à possibilidade de a Ucrânia aceitar a Crimeia como parte da Rússia estar entre as possíveis concessões de paz, esses comentários foram “simplesmente equivocados, especialmente para um país como o Brasil que votou para defender os princípios de soberania e integridade territorial” na ONU, Kirby disse.
Na terça-feira, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, rejeitou as alegações dos EUA de que seu país não entendeu os eventos na Ucrânia. “Não sei como ou por que chegaram a essa conclusão, mas discordo totalmente”, disse Vieira em coletiva de imprensa conjunta com o colega russo Sergey Lavrov em Brasília.
Falando sobre o conflito na Ucrânia, Lavrov destacou que a Rússia estava “agradecido aos nossos amigos brasileiros por sua excelente compreensão da gênese dessa situação. Somos gratos [a eles] por se esforçarem para contribuir para encontrar maneiras de resolvê-lo.”
Moscou gostaria de ver os combates na Ucrânia, que estão em andamento há mais de um ano, “concluídos o mais rápido possível”, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia. No entanto, ele enfatizou que qualquer acordo só poderia ser baseado em acordos de longo prazo e “levar em conta os interesses de todos os países, sem exceção”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário