A decisão da Malásia de se retirar da maior feira do livro do mundo ocorreu depois de a associação literária Litprom ter anunciado que iria adiar uma cerimónia de entrega de prémios a um autor palestiniano na feira, sob o pretexto da guerra em curso na Palestina.
Os organizadores da feira também anunciaram no Facebook que “desejam tornar as vozes judaicas e israelenses particularmente visíveis na feira do livro deste ano”.
O Ministério da Educação da Malásia anunciou ontem que “não fechará os olhos à violência cometida por Israel na Palestina, que é uma clara violação das leis internacionais e dos direitos humanos”. Acrescentaram que a decisão de retirada está alinhada com a posição de solidariedade do governo e de total apoio à Palestina.
A Malásia, um país asiático de maioria muçulmana e com uma economia considerável, há muito que é um firme apoiante da causa palestiniana.
Ontem, o Conselho de Segurança da ONU votou pela rejeição de um projecto de resolução proposto pela Rússia para resolver a crise humanitária na Faixa de Gaza. A resolução recebeu quatro votos a favor, cinco contra e seis abstenções.
"Lamentamos que o Conselho tenha se encontrado mais uma vez refém do ego, das intenções egoístas dos países do bloco ocidental", disse o embaixador russo, Vassily Nebenzia, após a votação.
Na sequência de propostas de projectos de resolução de outros estados, a missão russa nas Nações Unidas incluiu alterações à sua resolução para condenar os ataques indiscriminados israelitas contra os palestinianos na Faixa de Gaza e apelar a um cessar-fogo humanitário no meio da situação terrível para os civis ali.
O embaixador palestino, Riyad Mansour, disse que o conselho tem o dever moral de agir em uma tentativa de acabar com a agressão israelense na Faixa de Gaza, que ele disse estar ceifando 12 vidas a cada hora.
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