Hoje, quando escutei da morte da Rita, pensei: Sou mais macho que muito homem. Ritatá ratatá ratatá. Taratá Taratá.
Algumas vezes em tempos atrás, eu ouvi dizer que a música, Pagu, não a super artista e militante comunista, nascida em 9 de junho de 1910, foi escrito como uma homenagem às mulheres de todos os tempos e lugar, que enfrentam a obediência do machismo, a truculência e o radicalismo estúpido.
Rita também a primeira a cantar sobre a liberdade e o prazer sexual feminino. Suas letras fortes e questionadoras foram fundamentais para este movimento, sempre rompendo com as convenções sociais impostas. Ela abriu caminho para que centenas de artistas mulheres conquistassem seu espaço e sua força, como Zélia Duncan, a coautora de Pagu.
Rita morreu cercada de sua família em seu apartamento em São Paulo dia 8 de maio, um domingo.
Pagu
Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
Eu sou pau pra toda obra
Deus dá asas a minha cobra
Hum hum hum hum
Minha força não é bruta
Não sou freira, nem sou puta
Porque nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem
Nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem
Ratatá ratatá ratatá
Taratá taratá
Sou rainha do meu tanque
Sou Pagu indignada no palanque
Hanhan hanhan
Fama de porra louca, tudo bem
Minha mãe é Maria ninguém
Hu huhuhu
Não sou atriz, modelo, dançarina
Meu buraco é mais em cima
Porque nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem
Nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem
Nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem
Ratatá ratatatá
Ratatá
Taratá taratá
Nenhum comentário:
Postar um comentário