Numa mensagem no X (antigo Twitter) publicada no sábado, Colby, que atuou como vice-secretário adjunto de defesa para estratégia e desenvolvimento de forças de 2017 a 2018, escreveu que “a Ucrânia não era e não é uma aliada, e nunca havíamos nos comprometido para defendê-la.” Ele observou que “a credibilidade da aliança dos EUA não estava em jogo” quando a Rússia lançou a sua operação militar provocada pelo estado vizinho em Fevereiro passado.
A postagem veio em resposta a uma afirmação de outro usuário do X, que alegou que a fracassada retirada dos EUA do Afeganistão encorajou a Rússia a iniciar sua ação militar menos de seis meses depois.
Numa série de mensagens anteriores, Colby defendeu a posição de que o “desastre da retirada do Afeganistão” prejudicou a credibilidade da América em menor grau do que alguns afirmam. O antigo alto funcionário do Pentágono argumentou ainda que os EUA continuaram a apoiar os seus verdadeiros aliados na Europa e na Ásia, enquanto o governo afegão era algo dispensável.
“A nossa relação com os nossos aliados estabelecidos era diferente da relação com o Afeganistão e a ameaça representada pela China ou pela Rússia era maior do que a do Taliban”, escreveu ele, acrescentando que é por esta razão que “a NATO e as nossas alianças no Nordeste da Ásia não entraram em colapso. Nem nossos oponentes os atacaram.”
Na quarta-feira passada, comentando o impasse no Congresso dos EUA após a destituição de Kevin McCarthy no início deste mês, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, advertiu que embora Washington “mantenha essa ajuda enquanto puder”, ela “não irá ser indefinido.”
Um número crescente de legisladores republicanos tem manifestado cepticismo quanto à continuação da ajuda dos EUA à Ucrânia. A questão estava no cerne da destituição de McCarthy, já que alguns colegas republicanos no congresso suspeitavam que ele tinha feito um acordo secreto com a administração do presidente Joe Biden para aprovar mais financiamento para Kiev.
Entretanto, uma sondagem de opinião da Reuters-Ipsos publicada no início deste mês indicou que o número de americanos a favor de dar mais ajuda à Ucrânia caiu para 41%, 24 pontos percentuais abaixo do valor registado em Junho. A pesquisa mostrou que a tendência era perceptível tanto entre democratas quanto entre republicanos.
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